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Presos suspeitos de assassinato de homem que denunciaria compra de criança

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), apresentou nesta…

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), apresentou nesta terça-feira (27), a professora Simone de Sousa Faria Silva, de 43 anos, seu pai, Sebastião Gonçalves de Faria (70), o filho, Hugo Sérgio Faria de Sousa Melo (23), e o namorado dela, José Tiago Alves Gomes (29), suspeitos de terem planejado e assassinado o vigilante Rosimar Borges da Silva Sousa, de 38 anos, morto a tiros em 2014, no Bairro São Carlos, em Goiânia.

O delegado Carlos Caetano, responsável pelo caso, explicou que o crime foi praticado para ocultar uma suposta compra de criança, que seria filha de uma usuária de drogas em situação de rua que desejava doar a criança logo após o nascimento. Rosimar e Simone haviam “comprado” a criança no ano de 2007, quando simularam uma falsa gestação, utilizando uma barriga falsa para enganar parentes e conhecidos.

Com o processo de separação do casal, Rosimar começou a fazer ameaças de tornar público o ato criminoso, e, temendo que a história viesse à tona, os suspeitos contrataram um pistoleiro, ainda foragido e identificado como Alexandre Rafael Oliveira Benevides, 23 anos, que executou a vítima com cinco disparos de arma de fogo, enquanto ele dormia no carro, atitude que  vinha mantendo por já suspeitar que poderia ser morto a qualquer momento.

Rosimar teria gravado um vídeo no qual contava toda história relacionada à compra da criança e entregou a mídia à irmã. Ele pediu a mesma que procurasse a polícia caso algo de ruim acontecesse com ele, pois temia pela própria vida.
 
Várias motivações

Além da ocultação da compra da criança, principal motivo de Simone, os outros envolvidos também teriam outros interesses na morte de Rosimar. O pai teria devia dinheiro à vítima; José Tiago queria substituir a vítima na condição de marido, e a motivação de Alexandre seria meramente financeira, já que teria recebido R$ 2.500 em dinheiro e restante em equipamento de som automotivo.

A polícia acredita que Hugo confessou o crime porque pretende proteger a vida da mãe, do avô e do padrasto, e também porque teme pela própria vida, já que Alexandre é considerado um indivíduo perigoso.