Ronaldo diz que comprou pedra de R$ 80 mil de João de Deus
O ex-jogador Ronaldo relembrou recentemente a visita que fez a João de Deus em 2018,…
O ex-jogador Ronaldo relembrou recentemente a visita que fez a João de Deus em 2018, em Abadiânia, município a 90 quilômetros de Goiânia. Durante entrevista no programa “Conversa com Bial”, o ex-atacante revelou que se sente violado por ter comprado uma pedra do “médium” por R$ 80 mil.
“Eu não tinha nenhum problema grave, não estava buscando solução para nada”, respondeu Ronaldo ao ser perguntado por Bial sobre o motivo da visita.
“Tinha uma curiosidade muito grande de conhecê-lo. Eu ouvia histórias incríveis do que ele fazia, de como recuperava as pessoas. Ele me fez o convite e eu organizei uma turma para ir a Abadiânia conhecer.”
Durante o papo, Ronaldo disse que ficou impressionado com as coisas que presenciou no local, mas que também ficou assustado com algumas atitudes de João de Deus.
“Eu vi coisas impressionantes, mas, ao mesmo tempo, depois da minha experiência, ver o que ele realmente era quando não era a entidade, também me assustou na mesma proporção”, destacou.
Ao falar sobre a pedra, o ex-jogador explicou que João de Deus não pediu dinheiro diretamente, mas que contou histórias tristes dizendo que estava precisando de ajuda. “Disse que havia sido assaltado, e que ele quando não era a entidade tinha que ganhar dinheiro e estava sem”, acrescentou.
“A gente queria ajudar, víamos 3 mil pessoas lá buscando resolver problemas pessoais, com uma fé muito grande, buscando nele uma salvação. A gente resolveu ajudar comprando umas pedras, ele contou que era prima da esmeralda. Eu decidi comprar no preço de R$ 80 mil”, relembra Ronaldo.
“Depois dessa história toda que veio à luz, também me senti violado. Levei uma facadinha, R$ 80 mil numa pedra”, completou.
Vale lembrar que, segundo o balanço mais recente do Ministério Público de Goiás (MP-GO), mais de 300 mulheres fizeram queixa de estupro ou abuso sexual contra João de Deus. O “médium” foi condenado a 63 anos de prisão por crimes sexuais e porte ilegal de arma de fogo.