BRASIL

SP tem cinco mortes e aumento de 102% nos atendimentos por efeitos do calor em 2023

Agosto de 2023 foi o mais quente já visto na comparação com todos os outros agostos do anos anteriores

Há 90% de probabilidade de que o fenômeno dure até meados do primeiro semestre El Niño persistirá até abril de 2024

O problema de altas temperatura, no entanto, está longe de ser uma particularidade do Brasil. Segundo a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), que faz registro de temperatura global há 174 anos, agosto de 2023 foi o mais quente já visto na comparação com todos os outros agostos do anos anteriores.

A previsão é de que o calor na capital paulista atinja seu pico neste final de semana, que marca o fim do inverno e início da primavera. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura, os termômetros podem registrar 36ºC na tarde de domingo, 24. Se confirmado, será a temperatura mais alta do ano até agora. O recorde atual é desta sexta-feira: 34,7ºC.

Sem previsão de chuva, o sol predomina e mantém o tempo abafado. De acordo com CGE, a taxa de umidade cai de 28% (prevista para o sábado) para 23%, no domingo. As consequências dessa baixa umidade são a concentração de poluentes no ar e os riscos de queimadas, que podem agravar ainda mais problemas de saúde, principalmente respiratórios.

Para passar por esse período de altas temperaturas de forma mais saudável, os especialistas recomendam a ingestão de líquidos (de 1,5 litro a 2 litros), ao longo do dia; manter os ambientes ventilados, arejados e frescos; usar roupas leves e não fazer exercícios físicos no momento do dia em que o calor está mais intenso – a sugestão é fazer antes das 10h e depois das 16h.

A recomendação é observar o comportamento do público que está no grupo de risco, e que não pode ou consegue verbalizar o que sente. Crianças pequenas, por exemplo, ficam mais chorosas, irritadas, sonolentas e com a pele avermelhada. A queda na frequência de urina também é um sinal de que estão sentidos os efeitos do calor.

Idosos também merecem atenção especial por terem mais chances de apresentar quadros de desidratação. Por estarem sujeitos a doenças como diabetes e hipertensão, eles perdem mais água pela urina por causa da medicação.