JUSTIÇA

STF torna Léo Índio réu por envolvimento em ataques do 8 de janeiro

O sobrinho de Bolsonaro foi denunciado por cinco crimes

Léo Índio no Congresso Nacional (Foto: Reprodução/Redes sociais)
Léo Índio no Congresso Nacional (Foto: Reprodução/Redes sociais)

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por unanimidade, tornar Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, réu por seu envolvimento nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília. Léo Índio é primo dos três filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): o senador Flávio, o vereador Carlos e o deputado federal Eduardo.

A decisão foi tomada pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Luiz Fux. O julgamento ocorreu em plenário virtual, modalidade em que os ministros votam remotamente em um período determinado.

Léo Índio foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por cinco crimes: associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A denúncia, apresentada em 15 de janeiro, aponta que ele participou ativamente dos atos antidemocráticos, incluindo a invasão e depredação dos prédios públicos.

A defesa de Léo Índio contestou a denúncia, argumentando que não há provas suficientes de sua participação nos crimes. Os advogados alegaram que ele não foi visto dentro dos prédios invadidos e que a denúncia não especifica sua contribuição para os atos.

Com a decisão do STF, a ação penal será aberta, e o processo seguirá para a fase de instrução, com a coleta de provas e depoimentos. O julgamento sobre a conduta de Léo Índio ocorrerá posteriormente, ao final do processo.