Fuga durante vigília

Tornozeleira eletrônica de Bolsonaro foi violada meia-noite, diz Moraes

O ministro ressaltou que "a informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga"

Bolsonaro mostra tornozeleira eletrônica para aliados após medida de monitoramento determinada pelo STF. Ato culminou em prisão domiciliar (Foto: Pedro Ladeira/Agência Brasil)
Bolsonaro mostra tornozeleira eletrônica para aliados após medida de monitoramento determinada pelo STF. Ato culminou em prisão domiciliar (Foto: Pedro Ladeira/Agência Brasil)

O equipamento de monitoramento eletrônico do ex-presidente Jair Bolsonaro, preso neste sábado (22/11) pela Polícia Federal, foi violado meia noite, segundo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi citada pelo ministro para embasar a decisão na qual decretou a prisão preventiva do ex-presidente.

“O Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou a esta Suprema Corte a ocorrência de violação do equipamento de monitoramento eletrônico do réu Jair Messias Bolsonaro, às 0h08min do dia 22/11/2025. A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, ressaltou Moraes.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, convocou apoiadores para uma vigília pela saúde do pai na noite deste sábado. Jair Bolsonaro tem sofrido, segundo aliados e familiares que o visitam, com crises frequentes de soluço e refluxo.

Confira trecho em que Moraes ressalta o rompimento da tornozeleira de Bolsonaro (Foto: reprodução/STF)
Confira trecho em que Moraes ressalta o rompimento da tornozeleira de Bolsonaro (Foto: reprodução/STF)

Na decisão, Moraes pontuou que “embora a convocação de manifestantes esteja disfarçada de ‘vigília'”, a conduta indica o mesmo “modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu, no sentido da utilização de manifestações populares com o objetivo de conseguir vantagens pessoais”.

“O tumulto causado pela reunião ilícita de apoiadores do réu condenado tem alta possibilidade de colocar em risco a prisão domiciliar imposta e a efetividade das medidas cautelares, facilitando eventual tentativa de fuga do réu”, frisou.

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Texto: Agência O Globo