saiba o motivo

Traficantes armados invadem necrotério para sequestrar mulher com bebê de colo, no RJ

Bebê foi entregue ao tio e criminosos puxaram a mulher pelos cabelos; veja desfecho do caso

Traficantes armados invadem necrotério para sequestrar mulher e bebê Bebê foi entregue ao tio e criminosos puxaram a mulher pelos cabelos
Foto: Google Street View

O Cemitério Nossa Senhora das Graças, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, foi palco de momentos de terror quando traficantes armados invadiram o necrotério para sequestrar uma mulher que estava com o filho bebê no colo. Servidores do Instituto Médico-Legal (IML) e moradores ficaram sob a mira de armas durante a ação criminosa, que aconteceu no mês passado e foi divulgada pela polícia neste domingo (20).

O episódio aconteceu no Instituto Médico-Legal (IML) que funciona dentro do cemitério, localizado em uma área controlada pelo Comando Vermelho (CV). Testemunhas relataram que a vítima apareceu correndo no local com um bebê no colo, gritando por socorro. Ela dizia que seria morta por conta de conflitos entre facções.

Segundo um servidor do IML, a mulher era alvo dos criminosos porque o companheiro dela teria trocado de facção, saindo do CV para o Terceiro Comando Puro (TCP). Assim que ela buscou ajuda, dois bandidos que a perseguiam fugiram, mas retornaram minutos depois com reforço: outras quatro motos e oito criminosos, todos armados.

Durante a ação, ao menos cinco pessoas — incluindo funcionários do necrotério e moradores — foram rendidas. O servidor do IML contou que ficou com uma pistola apontada para a cabeça enquanto os traficantes puxavam a mulher pelos cabelos. O bebê foi entregue ao tio, que também estava no cemitério. Logo em seguida, os criminosos levaram a mulher embora.

Após o sequestro, as vítimas conseguiram se trancar em uma sala do IML até a chegada da Polícia Civil. Viaturas da Polícia Militar também reforçaram a segurança no local. A mulher foi libertada algumas horas depois, após a PM montar um cerco na comunidade. Ela prestou depoimento na delegacia e a 59ª DP de Duque de Caxias investiga o caso.

O diretor do Posto Regional de Polícia Técnico-Científica informou que os servidores ficaram “subjugados, sob a mira de armas de fogo”, e pediu a transferência do IML para um local mais seguro. Em nota, a Polícia Civil afirmou que trabalha para identificar e responsabilizar todos os envolvidos no sequestro.

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