ELEIÇÕES

Urnas tiveram ‘100% de aprovação’ em testes de integridade, diz TSE

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes, disse nesta quinta-feira…

Unanimidade ocorreu em diferentes regiões, geralmente em povoados rurais e áreas indígenas (Foto: TSE)
Unanimidade ocorreu em diferentes regiões, geralmente em povoados rurais e áreas indígenas (Foto: TSE)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes, disse nesta quinta-feira que o resultado do teste de integridade, tanto o tradicional como o com biometria, que foi pedido pelos militares, mostrou que as urnas eletrônicas registraram fielmente os votos dados. Segundo ele, o relatório será divulgado nesta quinta.

— Foi realizado como em todas as eleições. Todos se recordam que, em vez das 100 urnas tradicionais, realizamos em 641. E como só poderia acontecer, todas as urnas conferiram os votos dados com os votos dados em papel. Lembrando que o teste de integridade é filmado integralmente para comparar os votos em papel, que são preenchidos anteriormente, e digitados no momento do teste de integridade pelos servidores da Justiça Eleitoral — disse Moraes no fim da sessão do plenário do TSE.

O teste de integridade tradicional simula uma votação no dia da eleição para conferir se as urnas são confiáveis. Este ano, pela primeira vez, foi feito um teste de integridade também da identificação biométrica, conforme pedido pelas Forças Armadas. Nesse caso, das 641 urnas, 58 foram testadas.

— Participaram 493 voluntários. Da mesma forma, não houve nenhuma divergência. Cem por cento de aprovação do teste de integridade com biometria — afirmou Moraes, acrescentando:

— Vinte anos de absoluta lisura das urnas eletrônicas, com comprovação imediata pelo teste de integridade.

O teste com biometria é um projeto piloto e foi um aceno do TSE às Forças Armadas, que fizeram a proposta. A participação dos militares na Comissão de Transparência Eleitoral do TSE, a convite do ex-presidente da Corte Luís Roberto Barroso, foi uma forma de tentar aplacar os ataques sem provas do presidente Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas. Porém, uma vez participando da comissão, houve vários atritos entre eles e o TSE, que por algumas vezes teve que rebater algumas posições externadas pelos militares com dúvidas às urnas.

Em setembro deste ano, já sob a presidência de Moraes, o plenário do TSE aprovou a realização do teste de integridade com biometria. Após votar normalmente, os eleitores dos locais sorteados eram convidados a participar. Quem concordasse era encaminhado a outra sala, onde colocava o dedo no leitor biométrico e deixava o local. Em seguida, servidores da Justiça Eleitoral davam sequência ao teste de integridade tradicional.

Por enquanto é um projeto piloto. No domingo, em entrevista coletiva, Moraes disse que ainda será analisado se será necessário mantê-lo.

— Do ponto de vista operacional, foi um sucesso. Não houve nenhuma intercorrência. Vamos agora analisar se, do ponto de vista de aumento da transparência, é necessário — disse Moraes no domingo.