ANO NOVO

Usar branco e pular sete ondas: superstições de Ano Novo têm explicações curiosas

Veja a explicação por trás dessas superstições

Usar branco e pular sete ondas: superstições de Ano Novo têm explicações curiosas
Foto: Reprodução

Práticas como comer lentilha, pular sete ondas, usar roupas brancas e assistir à queima de fogos de artifício fazem parte das celebrações de Ano Novo em diferentes países. Esses costumes são associados à sorte e à renovação e têm origens históricas, religiosas e culturais.

A tradição de consumir lentilha na virada do ano veio da Itália e foi trazida ao Brasil por imigrantes. O grão é relacionado à prosperidade financeira por seu formato semelhante ao de moedas. Na cultura italiana, a prática está associada à ideia de ganhos ao longo do ano seguinte.

Os fogos de artifício surgiram na China há mais de dois mil anos. Inicialmente, eram produzidos com bambus aquecidos, que estouravam ao entrar em contato com o fogo. De acordo com a tradição chinesa, o som e a luz tinham a função de afastar espíritos considerados negativos. Com o passar do tempo, os fogos se espalharam por outros continentes e passaram a integrar celebrações de Ano Novo em diversos países.

Pular sete ondas é um costume ligado às religiões de matriz africana, especialmente à umbanda. O número sete representa as linhas que estruturam a religião, e cada pulo corresponde a um pedido. O número também aparece em diferentes tradições culturais como símbolo de ciclos e renovação.

Castanhas, nozes e avelãs estão associadas à ideia de fartura e continuidade. Esses alimentos, introduzidos no Brasil por imigrantes árabes, são consumidos ou guardados durante o réveillon como parte de rituais voltados à prosperidade ao longo do ano.

A romã é utilizada em tradições de Ano Novo em diferentes culturas. Na Grécia, o fruto é quebrado durante a celebração como símbolo de renovação. No Brasil, há o costume de guardar sementes na carteira, prática associada à atração de sorte e recursos financeiros.

O uso de roupas brancas no réveillon ganhou força no Brasil a partir da década de 1970, especialmente no Rio de Janeiro, durante celebrações religiosas em homenagem a Iemanjá. Com o tempo, a prática foi incorporada por pessoas de diferentes crenças e se tornou comum nas comemorações da virada do ano.