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56% dos consumidores de Goiânia estão comprando menos do que em 2020, diz pesquisa

Pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio) mostrou que 56,2% dos consumidores de…

Foto: Freepik

Pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio) mostrou que 56,2% dos consumidores de Goiânia estão comprando menos neste ano, em comparação com 2020. Em se tratando apenas de famílias com renda de até 10 salários mínimos, esse número chega a 60,9% – índice puxado pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

O levantamento de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é referente a junho deste ano e aponta que apenas 6,2% dos entrevistados estão comprando mais em 2021 em relação a 2020. Nas famílias com renda de mais de 10 salários mínimos mensais, esse percentual é de 20,6%.

A queda no consumo pode estar ligada diretamente, também, à insegurança da população da capital em seus empregos. De acordo com a pesquisa da Fecomércio, 38,9% das famílias com renda de até 10 salários mínimos mensais se sentem “menos seguros” em seus empregos neste ano em comparação com o ano passado. Os que se sentem “mais seguros” nessa faixa de renda correspondem a apenas 11,7%.

Junto com o consumo, endividamento também caiu

Ao mesmo tempo em que os goianienses estão comprando menos, eles também estão menos endividados. A pesquisa da Fecomércio mostrou que, em um ano – de junho de 2020 a junho de 2021 -, o número de famílias com dívidas em Goiânia caiu 20%, número acima da média das outras capitais que, ao contrário de Goiânia, apresentaram leve aumento no endividamento.

Ao Mais Goiás, o consultor de economia e investimentos da Fecomércio, Bruno Ribeiro, explicou que um dos fatores que levaram Goiânia a se sobressair economicamente em relação às outras capitais é, justamente, seus pontos fortes como agricultura e pecuária, que mesmo com a pandemia, não sofreram grandes impactos.

“Se tivéssemos uma demanda mais industrial, talvez não tivéssemos esse tipo de crescimento”, comentou.

Segundo Ribeiro, a economia “se move por tendências” e um fator como o constatado em Goiânia, da redução do endividamento, é “crucial para a retomada [econômica]”. “Menos endividamento é mais recurso que sobra. Esse recurso é que movimenta o comércio, e o comércio é que vai gerar mais emprego”, pontua o consultor.