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MP quer colocar GPS em todas as viaturas da Polícia Militar de Goiás

Estado tem 30 dias para se manifestar

Estado tem 30 dias para se manifestar Ação do MPGO que busca implementação de equipamentos de localização em viaturas é recebida na Justiça (Foto: Divulgação)
Estado tem 30 dias para se manifestar Ação do MPGO que busca implementação de equipamentos de localização em viaturas é recebida na Justiça (Foto: Divulgação)

A Justiça recebeu, nesta quinta-feira (24/7), uma ação civil pública do Ministério Público de Goiás (MPGO) que cobra do Estado a instalação de equipamentos de localização por satélite (GPS) em todas as viaturas da Polícia Militar de Goiás (PMGO). A medida foi determinada pela 6ª Vara de Fazenda Pública Estadual de Goiânia, que também intimou o Estado a se manifestar em até 30 dias.

De acordo com o MPGO, a ação tem como objetivo obrigar o governo estadual a elaborar um plano e efetivar o uso dos equipamentos de rastreamento em toda a frota própria da PMGO. A iniciativa surgiu após investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial no Controle Externo da Atividade Policial e na Segurança Pública (Gaesp), que apontou que apenas as viaturas alugadas contam atualmente com sistema de monitoramento.

Já os veículos próprios da corporação, segundo o coordenador do Gaesp, promotor Guilherme Vicente de Oliveira, não possuem qualquer tipo de rastreamento ativo e nem mesmo estudos para implantação do serviço. O Ministério Público ainda destacou que a ausência do sistema vai na contramão de recomendações feitas anteriormente à corporação e compromete a transparência e o controle das ações policiais, especialmente em casos de mortes decorrentes de intervenção policial.

“A situação reforça a necessidade de aperfeiçoamento de política pública, para garantir o direito difuso à segurança pública”, afirmou o promotor. Ele também ressaltou que a medida busca atender determinações da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), do Supremo Tribunal Federal (STF) e protocolos da ONU que tratam da investigação de mortes potencialmente ilegais.

Com o recebimento da ação, a juíza Liliam Margareth da Silva Ferreira determinou que o Estado de Goiás seja citado para apresentar defesa no prazo legal.