Acusado de ameaçar deputado agiu “sob domínio de violenta emoção”, diz defesa
Caso aconteceu em Goianésia, na quarta-feira
Defesa de Jamil El Hosni, acusado de invadir o gabinete político do deputado estadual Renato de Castro (União Brasil), em Goianésia, e ameaçar servidores, afirmou que o cliente agiu “sob o domínio de violenta emoção, logo após ouvir áudios” em que “um indivíduo narrou supostos crimes perpetrados” pelo parlamentar, “bem como por seu pai Manoel Castro de Arantes ‘Fião’, em desfavor de Jamil e de seu filho”.
No áudio, consta o seguinte: “Você quer que eu fale aqui que vocês queria [sic] que eu metesse um quilo de maconha no carro do João Vitor Hosni [filho de Jamil El Hosni] pra pegar e denunciar ele e ele ir preso na época? Que o carro dele tava no lava jato lá no Centro, na 18 ali, onde tinha um lavajato.”
De acordo com a defesa, foi por causa deste áudio que Jamil “praticou os atos que são objetos das ‘notas de repúdio’”.
Ainda conforme a nota de explicação, o cliente é a vítima de um grave crime “que supostamente seria praticado contra seu filho” e passou a ser acusado, “de forma ardilosa e bastante arquitetada, de vários crimes”. “Em todos os relatos prestados pelas supostas vítimas em sede policial, todas elas narraram que o senhor Jamil dizia que: ‘se acontecesse algo com os meus filhos, eu iria atrás de todo mundo’.”
O advogado afirma que este tipo de comportamento não pode ser considerado como uma ameaça, pois está condicionado que só ocorreria se o suposto crime fosse praticado pelo deputado estadual e seu pai. “Mais uma vez, o acusado afirma não ter intenção de praticar qualquer tipo de violência em desfavor de qualquer pessoa, inclusive, das vítimas, tendo em vista que estava justamente defendendo a integridade física e moral de seus filhos, que são os bens mais sagrados para qualquer pai.”
Caso
Sobre o caso, Renato disse ao Mais Goiás que o homem gritou com os servidores e ameaçou de morte ele e também seus pais por um motivo “sem sentido”. De acordo com ele, uma pessoa enviou um áudio a Jamil. Neste, era dito que, em 2016, o grupo de Renato tinha um plano para colocar drogas no veículo do filho dele, que chegou a ser preso, na quarta-feira (29), mas foi liberado pela Justiça na quinta (30).
Esta pessoa que revelou a suposta armação, disse que se negou fazer e, só agora, informou a Jamil sobre o ocorrido. Segundo Castro, não faz sentido, pois esta Hosni não tinha participação naquela campanha.
Ainda na quinta, a defesa afirmou que o cliente não fez nenhuma ameaça direta, mas disse, inclusive conforme áudios, que reagiria caso algo acontecesse ao filho dele, “como um pai que preserva o filho e que sequer é envolvido com política”.