‘Atira se tiver coragem’: acusado de matar inimigo em bar de Bonfinópolis é preso
Homem ficou escondido em área rural após o homicídio e foi levado para presídio. Crime foi registrado por câmeras de segurança
O homem suspeito de matar a tiros Marcelo Júnior Ribeiro da Mota, de 25 anos, em um bar de Bonfinópolis, na Região Metropolitana de Goiânia, foi preso pela Polícia Civil na quinta-feira (17). Segundo a polícia, o suspeito confessou ter efetuado os disparos após uma discussão por causa de uma dívida trabalhista antiga com a vítima. Ele estava foragido desde a noite de domingo (14), quando o homicídio aconteceu.
O crime aconteceu em um bar no setor Central de Bonfinópolis. Testemunhas relataram que Marcelo estava sentada à mesa com amigos quando o suspeito chegou no local e chamou a vítima para conversar. Após a conversa, o homem saiu, entrou em uma caminhonete e estacionou o veículo às margens da GO-010.
Em seguida, ele desceu do carro armado, atravessou a rodovia, se aproximou de Marcelo e apontou um revólver para o rosto dele. Mesmo diante da arma, o jovem teria desafiado o suspeito ao dizer “atira se tiver coragem”, que efetuou um disparo na cabeça. Marcelo morreu no local, ainda sentado na cadeira do bar.
Câmeras de segurança registraram toda a ação. As imagens mostram o suspeito se aproximando da vítima, atirando e deixando o local tranquilamente. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o jovem já estava sem sinais vitais quando a equipe chegou.
De acordo com a delegada Sayonara Lengruber, responsável pela investigação, o suspeito afirmou durante o depoimento que, após o crime, fugiu e permaneceu escondido em uma área rural, em meio ao matagal, para evitar a prisão em flagrante.
Ainda conforme a delegada, o homem contou que matou a vítima após trocas de ofensas e ameaças relacionadas a uma dívida antiga quando os dois teriam trabalhado juntos em um rancho há cerca de cinco anos. Nos últimos seis meses, segundo o depoimento, os encontros entre eles voltaram a acontecer e os desentendimentos se intensificaram.
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Disse ainda que encontrou a arma há cerca de dez anos e a deixava guardada desde então. Após o crime, ele jogou o revólver em um lixão na zona rural.
Após a prisão, o homem foi encaminhado ao presídio de Senador Canedo pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil, onde segue á disposição da Justiça.
Segundo os depoimentos de familiares para a delegada, Marcelo trabalhava como operador de máquinas e havia comprado uma moto recentemente. Segundo parentes, ele estava em um momento de lazer com amigos quando foi morto.
A Polícia Civil segue com as investigações para concluir o inquérito.