Justiça

Acusado três feminicídios, serial killer de Rio Verde enfrentará três júris seguidos

Os três Tribunais do Júri acontecem em sequência nos dias 10, 15 e 16 de dezembro, todos às 9h

Imagem do réu dentro da CPP
Rildo é réu confesso em três feminicídios (Foto: cedida ao Mais Goiás)

Três meses após ser preso, Rildo Soares dos Santos, de 33 anos, apontado como serial killer, sentará no banco dos réus em três datas consecutivas, em Rio Verde, para responder por três feminicídios dos quais é réu confesso. O primeiro Júri Popular ocorrerá no dia 10 de dezembro, pelo feminicídio de Elisângela da Silva Souza, de 26 anos. Em seguida, ele será julgado no dia 15 pelo assassinato de Monara Pires Gouveia de Moraes, de 31 anos. O terceiro julgamento está marcado para o dia 16, pela morte de de Alexânia Hermógenes Carneiro, de 40 anos, conhecida como Lessi. Todas as sessões estão previstas para iniciar às 9h.

Nos três processos, o réu responde por crimes que incluem feminicídio triplamente qualificado, estupro, roubo majorado e ocultação de cadáver. No caso de Elisângela, o Ministério Público pede indenização de R$ 100 mil aos familiares da vítima.

Em nota, o advogado de defesa, Dr. Nylson Schmidt, informou que a data do Tribunal do Júri já foi oficialmente designada. Ele destacou que a atuação da defesa se limita ao cumprimento do dever constitucional de garantir o devido processo legal e afirmou confiar no trabalho do Judiciário e na soberania do Júri.

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Imagem da vítima
Elisângela desapareceu ao sair para trabalhar na madrugada do dia 11 (Foto: reprodução)

CONFISSÃO DO CRIME

À época, o delegado titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), Adelson Candeo, informou que Rildo confessou ter matado Elisângela após ser desarmado e ferido no braço com a própria faca usada para ameaçá-la. “Ela tomou a faca dele, acertou o braço e ele perdeu a paciência, matando a vítima”, relatou o delegado.

O suspeito também disse que enterrou o celular da vítima logo após o crime. No entanto, o aparelho foi localizado posteriormente dentro do colchão do réu, que havia sido recolhido por uma vizinha após o descarte. Segundo Candeo, o exame foi conclusivo. “No caso da Elisângela deu positivo para espermatozoides”, afirmou.

Inicialmente, Rildo havia confessado apenas o roubo e a ocultação do cadáver, negando o homicídio e o abuso sexual. Na primeira versão, alegou que a jovem teria caído, batido a cabeça e morrido. Disse ainda que havia retirado a calça da vítima e enterrado parcialmente o corpo para tentar ocultar o crime.

Outras vítimas
Monara Pires Gouveia e Alexânia Hermógenes Carneiro (foto reprodução)

Réu responde por outros dois feminicídios

Além de Elisângela, Rildo também confessou, no dia 23 de setembro, o assassinato de Monara. À polícia, ele afirmou que a vítima teria furtado R$ 600 de sua residência durante uma faxina, dinheiro que, segundo ele, seria destinado ao pagamento do aluguel. Cerca de um mês depois, ao reencontrá-la, levou Monara até um terreno baldio, onde a estuprou, a agrediu na região da cabeça e, em seguida, ateou fogo contra a vítima, que ficou presa sob uma cama box que estava no local.

No caso de Alexânia, o acusado declarou que ficou revoltado ao descobrir que ela teria comprado drogas de um traficante dizendo que seriam para ele. “Ele disse que quando fica nervoso não se controla”, relatou o delegado.

Leia nota completa enviada pela defesa

“A defesa, Dr. Nylson Schmidt, informa que foi designada data para a realização do Tribunal do Júri.

A atuação da defesa não representa qualquer juízo de valor sobre os fatos, mas o cumprimento do dever constitucional de garantir o devido processo legal. A Justiça se constrói com equilíbrio, respeito às vítimas, à sociedade e às garantias legais.

A defesa confia no trabalho do Judiciário e na soberania do Tribunal do Júri.”

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