Violência

Advogado é agredido por policiais militares em Edeia

Era 0h04 desta segunda-feira (3) quando o advogado Paulo Diniz denunciou pelo Facebook que foi…

Era 0h04 desta segunda-feira (3) quando o advogado Paulo Diniz denunciou pelo Facebook que foi vítima de agressão física cometida por um policial militar identificado como “Amaral” após a apuração das eleições municipais em Edeia (GO). De acordo com o advogado, ele foi atingido por spray de pimenta, tapas e socos.

Paulo relatou que sente dores pelo corpo. “Minhas costas estão doendo, com hematomas que já tinha visto apenas pela internet, mas nunca imaginei que aconteceria comigo.” Ele contou que, por causa dos tapas que levou no ouvido e murros na cabeça, ainda não consegue “ouvir direito pelo meu ouvido esquerdo”.

Ele disse que estava com o irmão por volta das 21h30 de domingo (2) observando a comemoração da apuração de votos em Edeia, quando policiais militares chegaram e começaram a dispersar a população com uso de spray de pimenta e porrada em quem estava “na principal avenida da cidade de Edeia”.

“Eu e meu irmão estávamos em um local afastado dessa confusão. Tudo estava ocorrendo no meio da avenida, naquela ‘ilha’ central. Dois policiais resolveram ir até o outro lado da rua onde estávamos sem oferecer nenhum tipo de ameaça para ninguém, apenas acompanhando o desfecho da situação.”

O advogado afirmou que faltou “cordialidade” dos dois policiais que os abordaram aos gritos: “Vocês que estavam vaiando? Toma aqui um motivo pra vocês vaiarem”. Foi quando os policiais jogaram spray de pimenta no rosto dos dois, segundo o relato de Paulo.

“Não xingamos e nem criticamos a postura dos agentes, estávamos apenas observando.” O advogado contou que a “visão ficou embaçada e as vistas ardendo”, por isso não conseguiu ver “direito” o que aconteceu. “Quando finalmente consegui me recuperar, percebi que 5 policiais entravam em um estabelecimento comercial (pastelaria) e ameaçavam todos que ali estavam presentes.”

Agressões físicas
“Simplesmente um absurdo. Mas infelizmente, como se esse absurdo não fosse o suficiente, o policial passa a me agredir fisicamente”, relatou. No vídeo é possível ver as agressões no momento em que elas aconteceram.

“Resta saber se a instituição Polícia Militar do Estado de Goiás será conivente com a atuação de um agente inscrito em seus quadros ou se punirá exemplarmente o policial Amaral”, questionou.

Em resposta, o chefe de comunicação da Polícia Militar de Goiás, tenente-coronel Ricardo Mendes, enviou a seguinte nota: “A PM já afastou os PM envolvidos. O vídeo já foi encaminhado para a corregedoria visando a apuração. O Comando da corporação afirma que esse não é o procedimento recomendado no Procedimento operacional Padrão”.

Veja o vídeo que registra as agressões: