POLÍCIA

Aluno de medicina da UFG que comparou gays a pedófilos é indiciado por homofobia

“A partir do movimento gayzista e sua defesa pela liberdade de ser e viver como quiser, o que impediria um pedófilo de defender que sua forma de viver é uma opção a ser respeitada?”, escreveu em março deste ano

Aluno de medicina da UFG que comparou gays a pedófilos é indiciado por homofobia
Aluno de medicina da UFG que comparou gays a pedófilos é indiciado por homofobia (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil indiciou João Lucas Xavier Garcia, aluno da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, por racismo social praticado nas redes sociais, na modalidade homofobia. Segundo apurado pela corporação, o estudante comparou gays a pedófilos.

João fez postagens no Instagram se referindo ao Movimento LGBTQIAP+ como “gayzista” e fez críticas aos homossexuais. As publicações, contudo, foram expostas no Twitter e ganharam grande repercussão.

“A partir do movimento gayzista e sua defesa pela liberdade de ser e viver como quiser, o que impediria um pedófilo de defender que sua forma de viver é uma opção a ser respeitada?”, escreveu em março deste ano.

E em seguida: “Afinal, já que tudo pode ser aceito, e todos têm que respeitar a sua forma de viver escolhida, por qual motivo o movimento LGBTQIA – seria contra a pedofilia? O problema aqui não é ser boiola, como já falamos no início, mas as graves consequências de defender os princípios desse movimento que podem causar um grande mal.”

Naquele momento, a UFG repudiou todo tipo de mensagens e ações de teor homofóbico, transfóbico, racista, misógino, de assédio moral, sexual ou quaisquer outros constrangimentos à dignidade humana. A Faculdade de Medicina da Universidade também disse não compactuar com os discursos. Da mesma forma, a na ocasião, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas de Goiânia (SMDHPA) denunciou o caso à Polícia Civil.

O inquérito policial foi enviado para o Ministério Público de Goiás (MPGO) e o Poder Judiciário para análise. A acusação pode gerar de 2 a 5 anos de prisão, caso ele seja condenado.

O Mais Goiás não conseguiu o contato do estudante para comentar o caso. Caso seja interesse, o espaço segue aberto.