Amma retira invasões e construções religiosas do Morro do Além, em Goiânia

Equipes da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) retiraram, na última terça-feira (8), tendas e construções religiosas feitas irregularmente no Morro do Além, no Setor Gentil Meirelles, em Goiânia. O local, que é uma Área de Proteção Permanente (APP), havia sido invadido por grupo de pastores responsável pela criação de templos, banheiros e até fossa.

O gerente de fiscalização da Amma, Diego Moura, informou que a ação de retirada teve início na semana passada, após moradores da região denunciarem a invasão. Agentes da Agência foram até o local e encontraram quatro  templos evangélicos, construções em alvenaria e casas em árvores.

Na ocasião, a Agência notificou os proprietários das construções e deu oito dias para que os mesmos saíssem da área pública ambiental. Em vistoria realizada na terça-feira (8), os agentes constataram que apenas um permanecia no local, mas já em processo de desocupação. O prazo final para saída do espaço terminou na última segunda (7).

“Ontem concluímos o procedimento de limpeza. Não houve qualquer resistência e todos os que estavam no Morro do Além saíram após a notificação. Como todos atenderam à solicitação, não serão autuados. Agora, a área está limpa, entregue à população e será monitorada”, disse.

Dano e ameaças

Conforme expõe Diego Moura, houve registro de dano ambiental no local, em razão de construções como banheiros e fossas. Segundo ele, foram retirados 18 caminhões de lixo do Morro. “Foi constatada a contaminação do espaço com as fossas, que foram compactadas no solo. Havia dejetos que, inclusive, escorriam para a via pública”, salientou.

O gerente de fiscalização afirma que a Amma já retirou todos os lixos e dejetos da área e deve iniciar um trabalho de recuperação do solo por meio de compostagem e plantio de árvores.

“Também fomos informados de que havia poluição sonora e perturbação do sossego. O Morro do Além é cercado de residências e os moradores da região sentiam-se incomodados por conta de gritaria e barulho de som durante a madrugada”, contou.

Segundo ele, a população era proibida de andar no local. “Os moradores relataram agressões e ameaças para não transitarem no Morro. Alguns contaram que foram alvo de pedras ao tentar andar lá”.

Diego Moura pede que, caso note alguma irregularidade, a população pode entrar em contato com a Amma pelo Disque Denúncia 161. “Caso alguém perceba algo de errado, é importante nos procurar para tomarmos providências”, finalizou.