ACIDENTES

“Radares não faltam”, motoristas reclamam de más condições da GO-330, no Daia

Dois acidentes na manhã desta quinta-feira (4) na GO-330, eixo do Distrito Agroindustrial de Anápolis…

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HB20 e caminhão se envolveram em acidente na manhã desta quinta-feira (4) em Anápolis (Foto: João Batista)

Dois acidentes na manhã desta quinta-feira (4) na GO-330, eixo do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), causaram mais de 10 km de congestionamento. A via passa por uma obra de recapeamento e em um dos trechos, há um desvio de mão única. Motoristas reclamam da má sinalização e dizem que acidentes são frequentes. Ao Mais Anápolis, a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) afirmou que fiscalizou e notificou nesta manhã a empresa contratada para sinalizar a obra.

No início da manhã, um HB20 e um caminhão se envolveram em um acidente em frente a empresa de refeições industriais Porto Pereira. Pouco depois, um Fiat Uno e um caminhão se envolveram em outro acidente em frente a um posto de combustíveis. Quem trabalha no Daia e acessa o distrito industrial pela Avenida Brasil Sul pegou o trânsito parado na altura da Companhia Municipal de Trânsito, Transportes e Serviços Urbanos (CMTTSU).

A Goinfra faz obras de recapeamento na GO-330, na via do Daia. O supervisor Márjory Kuhnen trabalha no distrito industrial há 10 anos e, segundo ele, a obra tem causado transtornos devido à falta de sinalização. Para piorar a situação, Márjory fala sobre o trecho que foi necessário desviar o fluxo de veículos para mão única entre a Porto Pereira e a montadora Caoa Chery.

“Eu já presenciei três acidentes como o de hoje. Todos por falta de sinalização. Os retornos estão precários. É uma aventura perigosa passar por aqui no início e no fim do turno administrativo”, diz. Segundo ele, a situação da via piora no período de chuva e que os serviços realizados no trecho são paliativo. “Além disso, a via é escura durante à noite. Prejuízos com pneu estourado é comum. Já são 10 anos com os mesmos problemas. Radares não faltam aqui”, afirma.

“Acidentes são normais no Daia”

A professora Marília Carvalho passa pelo local todos os dias. A reclamação é a mesma: falta de sinalização. Na manhã de sexta-feira (29), Marília conta que presenciou dois acidentes. “Dois carros colidiram. Um gol vermelho e um prisma, perto da linha férrea. Outro acidente foi com uma moto e um carro. Vi duas pessoas caídas no chão”, relata.

De acordo com a professora, a sinalização não reflete à noite e os cones existentes, estão distantes um do outro. “Tem também a falta de sinalização da faixa elevada, próximo ao Laboratório Teuto. Quem está indo na pista de desvio não sabe que tem um quebra-molas”, diz. Marília está preocupada. “O fato de não estar sinalizado corretamente já representa perigo a nós motoristas”, afirma.

A assistente de contas a receber Andressa Oliveira compartilha da preocupação. Ela viu os dois acidentes relatados por Marília. “Acidentes são normais no Daia todos os dias. Como está mal sinalizado, os carros querem ultrapassar achando que continua como duas faixas e acabam batendo”, diz. Com as mudanças decorrentes da obra, ela afirma que o trânsito na via ficou mais perigoso. “Motoristas na rotatória querem entrar para o outro lado sem a devida atenção. Ficou bastante complicado”, pontua.

Previsão de conclusão da obra

Em nota ao Mais Anápolis, a Goinfra informou que são 34,2 quilômetros da GO-330 em restauração asfáltica. O trecho inclui o entroncamento da GO com a BR-060 ao da GO-010, que passa pelo eixo do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). A obra está prevista para ser concluída no primeiro semestre de 2022.

De acordo com a Agência de Infraestrutura, as rodovias recebem grande fluxo de pedestres e de veículos leves e pesados. Segundo a Goinfra, uma equipe técnica fiscalizou e notificou, na manhã desta quinta-feira (4), a empresa contratada para reforçar imediatamente a sinalização de segurança ao longo da rodovia em obras.

“Considerando que a GO-330 tem pista dupla, não será necessária sua interdição total, sendo o tráfego permitido em uma das pistas por vez. Para reforçar a sinalização serão distribuídas, ao longo de todo o canteiro de obras, mais placas que alertem para o tráfego em pista estreita, indiquem o sentido permitido em cada trecho e a redução do limite de velocidade, que passa a ser de 40km/h”, diz a nota.

Ainda segundo a Agência de Infraestrutura, o Batalhão Rodoviário, que promove ações de fiscalização no local diariamente, foi acionado no início da última semana. “Além do reforço na fiscalização e na sinalização, a Goinfra recomenda aos condutores que redobrem a atenção nos trechos em obras, e que reduzam a velocidade e obedeçam a sinalização para garantir a segurança de todos”, finaliza a nota.