Aparecida decide manter escalonamento em cenário laranja

Em reunião na última quinta-feira (18), o Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 de Aparecida de Goiânia (COE) decidiu manter o escalonamento na Matriz de Risco alta, representado pelo cenário laranja. Diante da pressão do Governo Estadual e do Ministério Público de Goiás para obedecer o Decreto Estadual, Aparecida continua com as regras do revezamento das atividades econômicas por macrorregião.

Em nota, a Prefeitura de Aparecida afirma que o cenário continuará sendo analisado semanalmente e mantido enquanto for necessário para conter a transmissão do vírus na cidade. No cenário laranja, de alto risco para Covid-19, as atividades econômicas não essenciais seguem suspensas.

O comitê usa dados como critério para analisar a Matriz de Risco de Aparecida. Entre eles, estão o número de casos ativos, percentual de positividades de exames de PCR, taxa de transmissão, taxa de letalidade, taxa de ocupação de leitos e média de afastamento dos profissionais de saúde. O Mais Goiás noticiou o recorde de novos casos de Covid-19 em Aparecida na última quinta-feira (18).

Decreto Estadual

Em pronunciamento da última quinta-feira (18), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, pediu ajuda à população para seguir o novo Decreto Estadual de fechamento das atividades em 14 por 14 dias.

Pelo Decreto Estadual, duas semanas de suspensão das atividades econômicas devem ser seguidos por outras duas de funcionamento do comércio. Caiado também comentou as 10 mil mortes em Goiás causadas pela Covid-19, número alcançado também na última quinta-feira (18).

Mesmo com o Decreto Estadual em vigor, a prefeitura de Aparecida está decidida em manter a Portaria que estabelece o escalonamento de atividades econômicas. A Portaria amplia o rol de atividades essenciais que podem funcionar durante a vigência do Decreto Estadual, mas mantém o revezamento de fechamento do comércio por macrorregião no município.

No início desta semana, o Mais Goiás noticiou ações da Polícia Militar que fecharam estabelecimentos que poderiam funcionar de acordo com a Portaria Municipal, mas contrariavam o Decreto Estadual.

A Administração Municipal argumenta que a Portaria se assemelha ao Decreto Estadual. Pela Portaria que regula o isolamento social no município, 14 regiões fecham por 14 dias em um ciclo de 28 dias. A prefeitura ainda argumenta que a análise de matriz de risco do município feita semanalmente, dá previsibilidade aos comerciantes, se houver piora do cenário da infecção na cidade.

Matriz de Risco

O COE não descarta a possibilidade de mudança da Matriz de Risco nas próximas semanas.

A análise do cenário do município é realizada semanalmente em reuniões. O comitê reúne representantes de diversos setores no município.

A composição do COE tem coordenação da Secretaria Municipal de Saúde e reúne representantes da Prefeitura, Câmara, Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia( Aciag), Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), hospitais privados da cidade, Conselho das Associações de Moradores e o segmento religioso.

Restrições

A suspensão da Portaria Municipal vale para eventos públicos e privados de qualquer natureza, que envolvam aglomeração de pessoas; cinemas, anfiteatros, museus, bibliotecas e clubes recreativos e assemelhados; academias, atividades de condicionamento físico e ensino esportivo de todas as modalidades; reuniões em áreas comuns de condomínios, inclusive áreas de churrasqueiras, quadras poliesportivas, academias e piscinas; atividades de clubes recreativos e parques aquáticos; e excursões, com finalidade turística ou não.

Também continuam suspensas as aulas presenciais em estabelecimentos públicos e privados de ensino regular, técnico, preparatórios e livre para etapas do fundamental de 2ª fase, médio e superior. Salões de Beleza e similares não podem funcionar.