Habitação

Aparecida tem 19 mil famílias vivendo em moradias precárias

A precariedade é indicada pelo padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais ou localizados em locais com restrições de ocupação

Moradias precárias no setor Terra do Sol, em Aparecida (Foto: Igor Caldas/MaisGoiás)
Moradias precárias no setor Terra do Sol, em Aparecida (Foto: Igor Caldas/MaisGoiás)

Aproximadamente 19 mil famílias vivem em moradias precárias em Aparecida de Goiânia. Dados dos atendimentos da Central Única das Favelas em Goiás (Cufa-GO) no município indica que os lares têm, pelo menos, uma característica de aglomerados subnormais, moradias com padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais ou localizados em locais com restrições de ocupação.

A Cufa-GO atendeu cerca de 79 mil pessoas em desfavorecimento social em 47 bairros em Aparecida de Goiânia em 2020. Segundo presidente da Cufa-GO, Breno Cardoso, se considerarmos a média de 4,2 pessoas por família, o número de lares atendidos chega a 19 mil. “Em geral, todas essas pessoas vivem em residências com características de aglomerados subnormais”, explica Breno.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Habitação, Aparecida de Goiânia tem pelo menos 2.100 famílias vivendo em ocupações irregulares. De acordo com o secretário municipal de habitação do município, William Panda, a maior parte dessas famílias vivem no bairro Continental, Terra do Sol e a maior ocupação do município, o Alto da Boa Vista, com cerca de 700 famílias.

Regularização

Para atenuar a questão de moradias irregulares, a Secretaria Municipal de Habitação lançou o programa Aparecida Legal na última semana. “Vamos lançar 14 bairros de regularização que já tem pessoas que foram assentadas no passado e já moram há bastante tempo no local. Vamos avançar para estas áreas como o Setor Terra do Sol e Continental, onde a prefeitura dispõe de pouco mais de uma centena de lotes.

Para atender o déficit habitacional de famílias em desfavorecimento social, com renda abaixo de R$ 1800 mensais que não são atendidas pelos programas de habitação do Governo Federal, a pasta se propôs a lançar um programa de habitação no âmbito municipal. “O projeto ainda está sendo estudado e vai contemplar famílias que vivem em áreas irregulares ou de eminência de desabrigamento, áreas de risco e casos judiciais que temos acompanhado”, alegou o secretário.