AÇÃO

Após tragédia, Defesa Civil de Aparecida faz nova inspeção de pontos de ônibus

Abrigos em condições precárias serão interditados

CMTC removeu 115 pontos de concreto na região metropolitana de Goiânia desde março
CMTC removeu 115 pontos de concreto na região metropolitana de Goiânia desde março (Foto de arquivo: Defesa Civil)

A prefeitura de Aparecida de Goiânia informou que a Superintendência de Defesa Civil iniciou, nesta quinta-feira (9), uma nova avaliação das condições dos abrigos dos pontos de ônibus do transporte público coletivo na cidade, “inclusive interditando abrigos em condições precárias para evitar acidentes”. A medida ocorre um dia após um destes locais desabar sobre um de 27 anos e matá-lo.

Vale lembrar, a estrutura de um ponto de ônibus no Jardim das Cascatas, em Aparecida de Goiânia, desabou sobre Wellington Oliveira, um prestador de serviço da prefeitura. O acidente aconteceu na manhã de quarta-feira (7).

A Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC) diz que a responsabilidade pela manutenção dos pontos é da prefeitura. O município, por sua vez, afirma que propôs à CMTC, durante reunião em janeiro, que a responsabilidade pelos abrigos ficasse com o Consórcio RedeMob, que opera e explora o sistema de transporte coletivo urbano na Região Metropolitana de Goiânia. E declara, ainda, que, mesmo antes deste fato, instalou 112 abrigos metálicos novos.

O caso será investigado. A Polícia Civil irá ouvir testemunhas do esmagamento do jovem nesta sexta-feira (10). Representantes da CMTC e da prefeitura de Goiânia também serão intimados. O intuito é verificar de quem era a responsabilidade pela manutenção da estrutura.

Tragédia

Segundo informações, o homem, funcionário de uma empresa de engenharia que presta serviço para a prefeitura da cidade, iria tomar café com amigos quando foi atingido pelo teto do ponto. Segundo o Corpo de Bombeiros, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi ao local e confirmou a morte. “Foi realizado o içamento da estrutura e retirada do corpo, que foi levado pelo Instituto Médico Legal (IML)”, informou ao portal. A corporação não deu detalhes sobre os ferimentos causados pelo acidente.

De acordo com populares, a estrutura do ponto já estava em risco e ofícios foram enviados à prefeitura. Inclusive, o vereador Leandro da Pamonharia enviou, pelo menos, dois desses documentos. “Uma tragédia anunciada”, disse o parlamentar ao Mais Goiás. “A prefeitura me deixou sem resposta. A comunidade, os moradores cobrando… Esse ano fiz mais um ofício, infelizmente não atenderam”, completou e afirmou que, ainda hoje, irá ao local.

Destaca-se, o primeiro ofício de Leandro, datado de abril de 2022, pedia que a prefeitura enviasse “uma equipe competente para realizar um serviço de remoção de um ponto de ônibus (…). Segundo os moradores da região, o mesmo está muito ruim, desmontando, podendo, assim, causar até um acidente”.

Prefeitura de Aparecida de Goiânia

“A Prefeitura de Aparecida lamenta profundamente o fato que vitimou Wellington Oliveira nesta quarta-feira, 8 de março, que era funcionário de empresa prestadora de serviços de reforma das escolas municipais, e que toda assistência à família foi prestada por meio da empresa no qual o Wellington trabalhava.

Em relação aos abrigos que não oferecem segurança à população, a Prefeitura de Aparecida, por meio da Superintendência de Defesa Civil, iniciou nesta quinta-feira, 9 de março, nova avaliação das condições dos abrigos dos pontos de ônibus do transporte público coletivo na cidade, inclusive interditando abrigos em condições precárias para evitar acidentes.

Mesmo antes deste fato, a Prefeitura já buscava solução para esse impasse e instalou 112 abrigos metálicos novos. A Procuradoria Geral do Município, propôs à Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC), durante reunião em janeiro, que a responsabilidade pelos abrigos ficasse com o Consórcio RedeMob, que opera e explora o sistema de transporte coletivo urbano na Região Metropolitana de Goiânia.

Desta forma, as prefeituras e o governo estadual estariam financiando a manutenção e implantação dos abrigos, por meio do repasse do subsídio do transporte coletivo, que manteve o congelamento da tarifa e o lançamento de novos benefícios, como o Bilhete Único, que inclusive utiliza os pontos de ônibus como integração das linhas.”