SITUAÇÃO DE CALAMIDADE

Após reunião com MP, Caldas e Rio Quente devem publicar novos decretos

As prefeituras de Caldas Novas e Rio Quente devem restringir as atividades nas respectivas cidades.…

Prefeitura de Caldas (GO) revela aumento de casos da Covid, mas mantém flexibilização (Foto: Divulgação/Prefeitura de Caldas Novas)
Prefeitura de Caldas (GO) revela aumento de casos da Covid, mas mantém flexibilização (Foto: Divulgação/Prefeitura de Caldas Novas)

As prefeituras de Caldas Novas e Rio Quente devem restringir as atividades nas respectivas cidades. Decretos municipais com novas medidas podem ser publicados pelos municípios nas próximas horas. Iniciativas ocorrem após reunião entre as prefeituras e o Ministério Público, na manhã desta terça-feira (23). Na última semana, o órgão recomendou que tais cidades interrompam os serviços não essenciais por 14 dias, por conta da ocupação de 100% das UTIs destinadas ao tratamento da Covid-19.

O Mais Goiás apurou que as prefeituras ainda estão reunidas para redigir os decretos. Até o momento, detalhes das restrições ainda não foram divulgados.

As determinações são consideradas após recomendação do MP para interrupção de todas as atividades pelo prazo de 14 dias, exceto supermercados e congêneres, postos de combustível e serviço de urgência e emergência em saúde nas duas cidades.

No documento, o promotor de Justiça Vinícius de Castro Borges recomendou que os dois municípios adequem os decretos municipais ao que estabelece a Nota Técnica nº 1/2021, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que define diretrizes para enfrentar o agravamento da pandemia da covid-19 em Goiás.

100% de ocupação

De acordo com MP, em Caldas Novas, o boletim epidemiológico apontou ocupação de 100% de leitos de UTI da rede privada, com dez moradores em UTIs de outros municípios por meio da regulação estadual. Além disso, houve registro de duas mortes no dia 15 de fevereiro – uma mulher que estava internada em Goiânia e um homem em Itumbiara. Segundo o órgão, 83% dos leitos clínicos da rede privada de Saúde, ala Covid, e 50% dos leitos do Hospital de Retaguarda estavam ocupados.

Em Rio Quente, no dia 18 de fevereiro, boletim epidemiológico indicou a disponibilidade de somente um leito clínico e nenhum de UTI, e nove moradores estavam com a doença, além de outros cinco em investigação, sem informações relevantes, como taxa de ocupação e perfil dos pacientes infectados que foram a óbito.

As prefeituras de ambas cidades já haviam adiantado uma parceria com empresários e associações para disponibilizar 10 leitos de UTIs exclusivos para pacientes com Covid dos dois municípios.