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Assembleia analisa projeto que gera proibições a quem ocupa terras em Goiás

Matéria é de autoria do deputado estadual Talles Barreto

Justiça decide por reintegração de posse de fazenda ocupada pelo MST em Hidrolândia
Justiça decide por reintegração de posse de fazenda ocupada pelo MST em Hidrolândia (Foto: divulgação/MST)

Enquanto acontece a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga ocupações do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) neste ano, na Câmara, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) analisa um projeto que “dispõe sobre os impedimentos aplicados aos invasores de propriedades rurais no âmbito do Estado de Goiás”.

A matéria é de autoria do deputado estadual Talles Barreto (União Brasil) e teve voto contrário de Mauro Rubem (PT) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, na terça-feira (23). Na ocasião, o parlamentar petista ressaltou que a Constituição prevê a função social da terra e declarou que as ocupações são reivindicações legítimas nestas circunstâncias. Ele, todavia, condenou as invasões por grileiros.

Amauri Ribeiro (União Brasil), por sua vez, fez o contraponto. “O que não se pode é invadir propriedade privada, tratando o proprietário como bandido”, disse emendou: “Em Goiás invasor de terra não fica 24 horas em terra invadida.” Da mesma forma, Issy Quinan (MDB) argumentou que “para se fazer a reforma agrária não é preciso invadir a propriedade alheia.” O texto ainda precisa passar em duas votações no plenário.

Projeto

Conforme o projeto, “ficam os invasores de propriedades privadas e terrenos em zonas rurais localizados no âmbito do Estado de Goiás, proibidos” de realizarem cadastros para receber auxílios; participarem de concursos no Estado e serem nomeados, inclusive, a cargos comissionados; e de contratarem com o Poder Público estadual.

Na justificativa, Talles diz que o texto visa “restringir os direitos de quem ocupa e invade propriedades rurais no âmbito do Estado de Goiás, com o claro e único intuito de conter ou ao menos reduzir a ocorrência desses atos criminosos”. De acordo com ele, o País registra aumento destes casos, inclusive em Goiás, Estado referência no agro.

“Assim, é inconcebível que este setor que é o pilar econômico do nosso pais e produtor de alimentos para o Brasil e no mundo, volte a viver esses momentos de insegurança e violência.”

Confira o projeto AQUI.