Luto

“Batista Custódio sempre lutou pelas liberdades”, diz jornalista Ulisses Aesse

Um dos jornalistas que trabalhou com Batista Custódio por mais tempo, Ulisses diz que DM e Cinco de Março foram 'faróis da liberdad

Ulisses e Batista Custódio, em foto de 2013 (Foto: redes sociais)

O jornalista Ulisses Aesse é, com toda certeza, o profissional de imprensa que por mais tempo trabalhou ao lado do fundador do Diário da Manhã, Batista Custódio, falecido nesta sexta-feira (24). Ao Mais Goiás, Ulisses descreve Batista como defensor intransigente da democracia e de todo tipo de liberdade.

“O jornalista Batista Custódio é um dos bons exemplos da democratização da imprensa no Brasil. A sua vida, a sua luta, confundem-se com a defesa intransigente da democracia e da participação, da presença, da sociedade nos grandes acontecimentos, nas grandes decisões, todas estas refletidas em seus veículos de comunicação: o histórico Cinco de Março e o presente Diário da Manhã. Batista, na redação ou por onde passasse, sempre lutou pelas liberdades democráticas, as de opinião e expressão, e colocou os seus jornais, o Cinco de Março e o Diário da Manhã, como faróis dessa liberdade”.

Ulisses descreve o fundador do DM como “polêmico, incisivo e ativista”.

“Batista sonhou com uma imprensa livre, soberana, onde as ruas atravessassem a redação do DM e dessem, deixassem alí, as suas opiniões, as suas impressões. Redação esta que chegou a ter grandes profissionais da imprensa nacional, como Aloysio Biondi, Milton Coelho da Graça, Washington Novaes, Reynaldo Jardim e vários outros,que foram e ainda são protagonistas da história da imprensa tupiniquim”, afirma.

O jornalista, que é titular da coluna Café da Manhã há anos, diz que Batista tem significado que vai além da vida dele e que deve ser lembrado como um personagem que lutou contra a ditadura e contra o autoritarismo, de todas as formas.

“Não só Goiás, como o Brasil, perde a sua clarividência e seus aconselhamentos políticos, por meio de seus editoriais, epopeicos, mas fica a boa lição do seu jornalismo, o de garantir que as palavras fossem e sejam exercidas com as liberdades”, completa.