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Bebê prematuro sobrevive após passar por cirurgia cardiológica inédita em Goiás

Um bebê prematuro que nasceu com uma má-formação no coração, passou por um procedimento hemodinâmico…

Bebê prematuro sobrevive após passar por cirurgia cardiológica inédita em Goiás (Fotos: Kairo Queiroz / Comunicação Hugol)

Um bebê prematuro que nasceu com uma má-formação no coração, passou por um procedimento hemodinâmico inédito no Estado de Goiás. A cirurgia foi realizada no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, via Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a unidade, o bebê se recupera bem.

“O procedimento realizado no Hugol foi o primeiro no Estado de Goiás com esta tecnologia oferecida pelo SUS, e com certeza foi um dos primeiros do Brasil. É um marco importante para o avanço na assistência ao paciente com cardiopatia congênita”, comemorou o gerente médico da Cardiologia do Hugol, Murilo Camargo.

A abordagem escolhida para intervenção no paciente foi via Hemodinâmica, sem necessidade de cirurgia aberta. O método é capaz de resolver 2/3 dos casos de cardiopatia congênita, com uma internação curta e retorno precoce às atividades rotineiras.

A cirurgia foi realizada pelo Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia

A cirurgia foi realizada pelo Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia (Fotos: Kairo Queiroz / Comunicação Hugol)

Problema não é incomum

Durante o procedimento, a equipe médica precisou realizar o fechamento do canal arterial do bebê prematuro. A patologia é uma das cardiopatias congênitas mais comuns, com incidência crescente nos bebês prematuros, por volta de 5 a 10%. Nesta população, uma vez não tratada, a persistência do canal arterial pode causar uma série de sequelas, tais como: hiperfluxo pulmonar, broncodisplasia pulmonar, hemorragia intracraniana, insuficiência renal, enterocolite necrotizante, hemorragia pulmonar e hipertensão pulmonar.

Estima-se que, no mundo, 1 em cada 100 nascidos vivos é portador de cardiopatia congênita. Todo ano, nascem 29,8 mil cardiopatas no Brasil, sendo que desses, 80% necessitam de algum tipo de intervenção no 1º ano de vida. Além disso, a cardiopatia congênita é a 3ª causa de mortalidade neonatal, representa 10% da mortalidade infantil e é responsável por até 40% de todas as más formações.