Goiânia

Bebê sequestrado na maternidade Nascer Cidadão será devolvido à família biológica

Após decisão judicial definida na última segunda-feira (16), o bebê que foi sequestrado no dia…

O bebê deixado para adoção e sequestrado por uma técnica em enfermagem que atuava na maternidade Nascer Cidadão, em Goiânia, foi devolvido aos pais. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
O bebê deixado para adoção e sequestrado por uma técnica em enfermagem que atuava na maternidade Nascer Cidadão, em Goiânia, foi devolvido aos pais. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Após decisão judicial definida na última segunda-feira (16), o bebê que foi sequestrado no dia 30 de maio na maternidade Nascer Cidadão, em Goiânia, será devolvido à família biológica. Conforme já noticiado pelo Mais Goiás, os pais deixaram a criança na maternidade após o nascimento, para que ele fosse colocado para adoção, pois estavam passando por dificuldades em casa. Contudo, antes que isso fosse possível, a técnica de enfermagem, Elenita Aparecida Lucas Correia, sequestrou o recém-nascido.

Segundo Rayanne Teles, advogada da família, a situação financeira da família piorou quando veículos de comunicação noticiaram inverdades como, por exemplo, que a mãe era usuária de drogas. “Ela perdeu as diárias que fazia por conta disso”, diz.

O bebê, que tem sido chamado de João Pedro no abrigo, está com quatro meses de vida. Contudo, será registrado pelos pais como Thalles Leon. Na manhã da próxima quarta-feira (18), a família vai buscá-lo no abrigo. Ele foi levado pro local desde que foi resgatado da residência do casal que ficaria com ele. “O pai biológico agora está empregado e possui renda para manter a família. Parentes e amigos ajudaram a pagar contas que estavam atrasadas. A mãe já preparou tudo para tê-lo de volta”, conta. Além disso, após matéria publicada, leitores do Mais Goiás também ajudaram com doações. “Conseguimos cestas básicas e roupinhas”, relata a advogada.

Família preparou o quarto para ter o bebê de volta. (Foto: Arquivo pessoal)

Apesar de estar no abrigo, o bebê não estava disponível para adoção, pois ainda estava em andamento o processo judicial iniciado pela família para reaver a guarda no recém-nascido. Durante esse tempo, os pais puderam visitá-lo aos domingos.

“Estamos aguardando a hora de pegar o bebê de volta”

Thayson Rodrigues, pai da criança, e de outros três filhos, afirma que a família está ansiosa para ter o pequeno em casa. “Estamos só aguardando a hora para pegar ele de volta”, conta. O processo judicial durou três meses.

“Quando ele nasceu a gente não tinha condição nenhuma e por isso o deixamos para adoção”, relata. “Mas Deus abriu as portas para mim, agora trabalho com carteira assinada e temos condições de criar”, completa.

Relembre o caso

No dia 30 de maio deste ano, câmeras de segurança da maternidade Nascer Cidadão flagraram a técnica de enfermagem Elenita Aparecida Lucas Correia saindo com um saco plástico que continha um volume. Dias depois foi constatado que se tratava do bebê que havia nascido no dia 25 daquele mês e foi deixado pela família para que fosse adotado.

As investigações da Polícia Civil (PC) apontaram que a técnica sequestrou a criança e andou cerca de 30 quilômetros com o bebê dentro do baú de uma motocicleta. Ela o levou até a casa de uma prima que, junto ao marido, ficariam o menino.

Em depoimento, a mulher confessou o crime e afirmou que pretendia “presentear” a prima que havia perdido o filho aos seis meses de gestação. Elenita responde por crimes de subtração de incapaz e periclitação da vida do bebê.