Investigação

Bolsa apreendida com suposto serial killer é reconhecida por mãe de mulher desaparecida

Acessório identificado costumava estar com Ingrid Ferreira Barbosa Romagnoli, desaparecida em agosto

Imagem da mulher desaparecida
Bolsa de Ingrid Romagnoli, 38 anos foi reconhecida pela mãe (Divulgação PCGO)

A mãe de Ingrid Ferreira Barbosa Romagnoli, de 38 anos, reconheceu nesta quarta-feira (17/9) uma bolsa encontrada entre os objetos apreendidos na casa de Rildo Soares, preso sob a suspeita de ser um serial killer, com atuação em Rio Verde, Sudoeste de Goiás. A vítima está desaparecida desde agosto e, segundo a família, costumava carregar o acessório identificado no material recolhido pela Polícia Civil.

Segundo o delegado Adelson Candeo, titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), o reconhecimento da bolsa reforça a linha de investigação que liga o suspeito a duas mulheres desaparecidas. “Essa mãe reconheceu uma das bolsas encontradas na casa dele como sendo a que a filha usava. Acreditamos que Ingrid tenha sido morta, porque ela circulava justamente no mesmo bairro em que ele procurava mulheres durante a madrugada”, disse.

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Imagem de outra vítima desaparecida
Neilma de Souza, 43 anos ainda está desaparecida (Divulgação PCGO)

A outra mulher desaparecida, Neilma de Souza Carvalho, de 43 anos, também pode ter sido alvo do suspeito. Ela que apresentava problemas mentais há quase três anos, sofria de paranoia e acreditava estar sendo perseguida pela família. Fugiu de casa há cerca de um ano, desde então, vivia escondida em áreas de mata. Mesmo assim Neilma entrava em contato frequente com a mãe, mas desde o dia 4 de maio não deu mais notícias.

Para a Polícia Civil, ambas têm perfis semelhantes, eram dependentes químicas, circulavam durante a madrugada e sumiram na mesma região onde o investigado costumava ser visto.

Imagem dos objetos
‘Troféus’ que o suspeito mantinha em sua residência (Divulgação: PCGO)

Polícia verifica mais relatos

O delegado ainda destacou que outras possíveis vítimas estão se apresentando, mas que os relatos precisam ser verificados. “Algumas mulheres que conseguiram escapar nos procuraram, mas precisamos filtrar cada relato para confirmar se de fato se trata do Rildo. Ele agia com extrema violência contra as vítimas, destruindo seus rostos e demonstrando ódio fora do comum contra mulheres”.

Um segundo depoimento do suspeito teve início nesta quarta-feira. De acordo com o delegado, a nova oitiva ocorre dentro da Casa de Prisão Provisória, na presença do advogado, já que o suspeito teria manifestado a intenção de fugir. “O objetivo é esclarecer seu possível envolvimento nos desaparecimentos de Ingrid e Neilma, além do feminicídio de Elisângela, pelo qual já está preso, e outros crimes como o latrocínio que ele cometeu no dia 7, assim como as duas mortes anteriores de Alexânia e Monara, que ele confirmou conhecer e ter estado com as vítimas momentos antes dos crimes”, afirmou Candeo.

Entre os objetos apreendidos na casa de Rildo estavam bolsas, roupas femininas, bonecas e as chaves e celular de uma das vítimas deste mês. A Polícia Civil não descarta que ele também possa ter praticado abusos sexuais, já que amigos e conhecidos relatam que ele costumava sair de madrugada com uniforme e faca, comportamento até então subestimado.

As buscas agora se concentram em localizar Ingrid e Neilma e avançar nas investigações sobre outros crimes atribuídos ao suspeito.

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