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Busca por fotos gera destruição de girassóis em Anápolis

Para fazer fotos, cerca de mil pessoas invadiram uma plantação de girassóis na zona rural…

Polícia foi acionada para conter invasões, mas o estrago - estimado em 15% da plantação - já havia sido feito (Foto: reprodução/Internet)
Polícia foi acionada para conter invasões, mas o estrago - estimado em 15% da plantação - já havia sido feito (Foto: reprodução/Internet)

Para fazer fotos, cerca de mil pessoas invadiram uma plantação de girassóis na zona rural do distrito de Joanápolis, a aproximadamente 15 quilômetros de Anápolis, no último fim de semana. Apesar de ainda não ter uma dimensão do prejuízo, o fazendeiro Anderson Venâncio estima que cerca de 15% da propriedade tenha sido destruída. A Polícia Militar (PM) foi acionada.

Anderson afirma que compareceu ao local das invasões assim que soube da movimentação de carros no local. Ele diz ter tentado amenizar a situação, mas não teve sucesso. “Não conseguimos fazer nada. Tinha muita gente invadindo, arrancando as flores, estragando as cercas, foi uma coisa assustadora. Saiam cinco carros, chegavam dez”. Ele relatou também que as pessoas que passaram pelo local deixaram lixo espalhado em meio às flores.

Ainda de acordo com o proprietário, outra preocupação foi o fato de que as pessoas se aglomeraram para realizarem os registros e ninguém usava máscaras de proteção. Ele lembra que tem sido comum as pessoas usarem as plantações de girassóis como cenário para ensaios fotográficos, “muitas blogueiras fizeram fotos lá e repassaram o endereço para os seguidores, acho que por isso repercutiu tanto”.

“Muita gente achou que era simplesmente um plantio de flores, não sabem que o grão do girassol é um alimento, e aquilo ali é o nosso sustento”. E alertou: “Se quiserem tirar fotos do lado de fora tudo bem, mas passou da cerca é invasão de propriedade”, desabafa.

Além de ter a plantação invadida, o fazendeiro ainda foi alvo de agressões verbais. Ele relatou à reportagem que havia pessoas cobrando pelas fotografias no local. Agora, a preocupação dos proprietários é que, em virtude da extensão destas plantações, é impossível controlar esse tipo de atitude. “Estamos pedindo para a mídia nos ajudar a reforçar, pedir para que as pessoas tenham consciência, o que fizeram foi muito ruim, ficamos muito tristes”, concluiu.