Caio Jacobson: quem foi o jornalista que morreu aos 75 anos e fez história na TV goiana
Mas foi como mentor que Caio Jacobson se tornou inesquecível para colegas e discípulos

Um dos nomes mais experientes e talentosos do jornalismo goiano, Caio Márcio Seabra Jacobson morreu neste sábado (29), aos 75 anos, em decorrência de um AVC. O sepultamento ocorreu neste domingo (30), às 11h, no Cemitério Jardim das Palmeiras, onde também aconteceu o velório.
Caio construiu uma carreira que ultrapassou a atuação em veículos de comunicação — embora sua passagem por programas como Goiânia Urgente e Jornal do Meio-Dia, há cerca de quatro décadas, tenha sido decisiva para consolidar seu nome na imprensa local. De acordo com relatos coletados pelo Mais Goiás, Caio tinha um estilo direto, humano e firme, liderou equipes, cobriu os principais fatos do estado e depois se destacou em funções estratégicas na comunicação institucional, especialmente em órgãos do Executivo e do Legislativo goiano.
Mas foi como mentor que Caio Jacobson se tornou inesquecível para colegas e discípulos. A jornalista e advogada Janete Ferreira foi uma das muitas profissionais que tiveram em Caio não apenas um chefe, mas uma espécie de farol nos primeiros passos da carreira.
“Caio é meu pai no jornalismo! Foi meu 1⁰ chefe direto. Eu tinha 17 pra 18 anos, e consegui estágio na TV Serra Dourada. Ele me ensinou a fazer pauta, a entrevistar. Depois, onde ele ia me levava. Me levou para a TV Goiânia. Depois, para a assessoria do governo estadual, onde fiquei por quase 20 anos. Tanta afinidade profissional aproximou nossas famílias. Ele era (é) muito querido na minha família. Eu, por outro lado, sou a ‘sexta’ filha dele. Sempre serei. Caio deixou de ser só importante na minha vida profissional. Faz parte da minha vida pessoal!”, destacou ao Mais Goiás.
Essa presença generosa foi lembrada também pelo Sindicato dos Jornalistas de Goiás, que destacou em nota o perfil acolhedor do colega. “Caio sempre foi um profissional generoso, que se dispunha a ajudar e orientar colegas mais novos com muita paciência e um largo sorriso.”
Pai de Graal, Tamiel, Wendy e Pérola, e avô de 13 netos, Caio deixa ainda a esposa Jeane, também conhecida como Nitya. Mas sua herança maior talvez seja mesmo o impacto humano que causou por onde passou — um legado de afeto, generosidade e profissionalismo que seguirá presente nas histórias e trajetórias que ajudou a moldar.