Caldas Novas: clínica de reabilitação clandestina é interditada por maus-tratos
Cerca de 35 internos sofriam maus-tratos na propriedade

Mais uma clínica de reabilitação clandestina foi interditada nesta semana em Goiás. Segundo a Polícia Civil, cerca de 35 internos sofriam maus-tratos na propriedade localizada em Caldas Novas, na região sul do estado. A operação aconteceu nesta terça-feira (17).
Rogério Moreira, delegado que representa o caso, o local abrigava dependentes químicos e pessoas com doenças mentais. De acordo com Moreira, um dos internos era um dos responsáveis por administrar a clínica. O local funcionava sem o alvará da prefeitura.
“À priore eles podem responder por exercício ilegal da profissão e maus-tratos. O local não tinha enfermeiro, psicólogo e nem médico. Estava irregular, não tinha alvará dos bombeiros e nem da vigilância”, explicou o delegado.
A maioria dos internos é alcoólatra. Moreira ressaltou que, provavelmente, os familiares pagavam para que as vítimas fossem internadas na propriedade. Até o momento, o dono da clínica de reabilitação não foi localizado. Os internos foram encaminhados para um abrigo da prefeitura.
Caso de Aparecida de Goiânia
A Polícia Civil também interditou por maus-tratos, nesta terça-feira (17), a comunidade terapêutica Leão Tribo de Judá no Jardim Cascata, em Aparecida de Goiânia. Conforme a corporação, 75 internos foram vítimas de torturas e agressões. A propriedade seria do pastor Kassio Adamo da Silva Mesquita.
A investigação comprovou que a água utilizada para consumo próprio e banhos dos internos era insalubre e retirada de um córrego sem nenhum tipo de tratamento. A Polícia Civil ainda apontou que os internos precisavam dividir um banheiro com 44 pessoas.
Todos os internos foram encaminhados para os responsáveis legais e as autoridades lacraram a comunidade terapêutica.