Casal jurado de morte por facção teria matado usuária de drogas em Goiânia

Sileia Melgaço de Oliveira Peixoto, de 36 anos, e o namorado dela, Gean Clóvis dos Santos, de 33 anos, são os autores do assassinato da usuária de drogas Kamilla Alves Bezerra, de 28 anos – segundo a Polícia Civil. Com vários sinais de tortura, a vítima foi encontrada morta na manhã do último dia 27 de fevereiro, no Setor Solar Santa Rita, em Goiânia.

O casal suspeito pelo assassinato, de acordo com o que apurou a equipe da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), estava jurado de morte após terem executado um integrante de uma facção criminosa. “Membros do Comando Vermelho queriam matar o Gean e a Sileia porque atribuíam a eles a execução de um dos chamados “bebês” da organização. E a Kamilla Alves foi morta porque o casal, após sofrer atentado a bala, acreditava ter sido ela quem repassou informações sobre onde eles estavam residindo para os membros dessa facção”, relatou o delegado Ernane Cázer, adjunto da DIH.

Gean Clóvis, que segundo a polícia era bastante temido na Região Noroeste de Goiânia, foi morto em confronto com militares do 13º BPM na noite da última terça-feira (31), no Setor Santos Dumont. O mandado de prisão contra Sileia foi cumprido no dia seguinte ao confronto, no momento em que ela velava o corpo do namorado.

Em depoimento, Sileia negou participação no homicídio, mas o delegado Ernane Cázer disse ter provas robustas de que foi ela quem comandou, e participou da execução, dando facadas e pancadas na vítima. Marcas deixadas no corpo de Kamilla, que quando localizado estava todo enrolado em um saco plástico, segundo o delegado, deixam claro que ela foi severamente torturada antes de ser morta.