Casos de pipas na rede elétrica disparam em Goiás antes mesmo das férias escolares
Estado já soma 173 ocorrências em 2025; só em maio, foram 42 registros — número que representa quase um quarto do total no ano

O número de ocorrências com pipas na rede elétrica disparou em Goiás neste começo de 2025. Só até o início de maio, foram 173 registros. E o mais preocupante é que 42 casos aconteceram só neste mês, antes mesmo das férias escolares começarem. Tradicionalmente, essas notificações aumentam entre julho e agosto, quando o tempo seco e as folgas escolares incentivam a brincadeira ao ar livre.
Diante dessa situação, a Equatorial Goiás decidiu reforçar as ações de prevenção. A empresa lembra que, em maio do ano passado, o mês fechou com 182 casos no total — e tudo indica que esse número será superado em breve, caso o ritmo continue assim.
Os municípios com mais ocorrências são justamente os mais populosos como Goiânia, Aparecida de Goiânia, Águas Lindas de Goiás, Anápolis e Caldas Novas que aparecem no topo da lista. Em Senador Canedo e Planaltina também houve registros. Nesses lugares, além do trabalho técnico de campo, a distribuidora tem apostado em campanhas educativas, conversando com escolas, líderes comunitários e instituições parceiras.
Cerol, linha chilena e os perigos invisíveis
Apesar de parecer uma brincadeira inocente mas soltar pipa perto da rede elétrica pode ser extremamente perigoso. Linhas com cerol ou linha chilena — além de cortarem com facilidade — também conduzem eletricidade. Quando encostam nos fios, podem provocar curtos-circuitos, rompimento de cabos e até deixar bairros inteiros sem energia.
E quando a pipa fica presa nos cabos de energia? O brinquedo vira um risco real de choque, queimadura e até morte. Tem ainda as rabiolas com materiais metálicos, que podem causar explosões em transformadores.

Para tentar reduzir os impactos, a Equatorial tem investido em soluções como a instalação de espaçadores entre os cabos da rede. Esse reforço ajuda a evitar o contato direto entre os fios quando são puxados por linhas de pipa. Funciona bem, especialmente nos bairros onde essa prática é mais comum. Mas a empresa destaca que, por melhor que seja a estrutura, nada substitui o comportamento seguro da população.
E vale lembrar que fazer uso de cerol e linha chilena é ilegal. Quem for pego com esses materiais pode ter o material apreendido, pagar multa e até ser preso. Além dos danos à rede elétrica, essas linhas representam uma ameaça grave a motociclistas, ciclistas e pedestres.
A distribuidora também mantém monitoramento constante das áreas com mais ocorrências, pronta para agir rápido em caso de falha. E se uma pipa ficar presa nos fios, a orientação é clara: não tente retirar. Mantenha distância e acione a Equatorial pelo 0800 062 0196 ou os Bombeiros pelo 193. Também dá para registrar a ocorrência pelo aplicativo Equatorial Energia ou pelo site oficial da empresa, aqui.