Catador de recicláveis confessa ter assassinado motorista de aplicativo

Uma discussão por um motivo fútil, segundo apurou a polícia, e depois confirmou o autor da facada, foi o que culminou, na noite de segunda-feira (2), em Goiânia, com o assassinato do motorista de aplicativo Ismael Ribeiro, de 55 anos. Ao ser preso na tarde desta terça-feira (3) pela Polícia Militar, o catador de recicláveis Uingles Queiroz Costa, de 37 anos, confessou o homicídio.

Ismael Ribeiro morreu por volta das sete e meia da noite de segunda-feira (2). Ele foi ferido com uma facada entre o ombro e o pescoço quando estava na Alameda Coronel Joaquim de Bastos, no Setor Marista. E ainda conseguiu dirigir até um hospital particular que fica nas proximidades, entrou com o carro na área de embarque de pacientes, bateu em uma porta de vidro. O homem foi encaminhado para a emergência. Na mesma noite, as polícias civil e militar descobriram que o motorista havia sido esfaqueado após discutir com um catador de recicláveis.

“Nossas equipes então, desde a noite de ontem e madrugada de hoje, percorreram várias empresas de recicláveis e os chamados mocós, onde ficam moradores de rua. Até que, no início desta tarde, conseguimos abordar o Uingles, que levava no carrinho a capa e o boné que usava quando praticou o homicídio. Ele confessou friamente o crime”, destacou o tenente coronel Leonardo Rezende Reis, comandante do 1º BPM.

Em depoimento gravado pela PM, o catador de recicláveis, que foi preso na Rua 1018, no Setor Pedro Ludovico, contou a versão da história. Ele disse que, ao fazer uma manobra com o veículo e entrar em uma rua que é contramão, Ismael Ribeiro passou em cima de uma caixa dele. Dentro, estavam alguns objetos que ele havia encontrado naquele dia. Os dois, então discutiram. Durante o bate boca, ainda segundo Uingles, o motorista fez menção de pegar alguma coisa no console. Foi quando ele atacou Ismael com um punhal.

Encaminhado para a Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), o catador de recicláveis foi autuado em flagrante pelo delegado Francisco Costa. Ele responderá preso por homicídio qualificado, crime que tem pena de reclusão de 12 até 30 anos.