Violência contra a mulher

Catarinense denuncia que foi espancada por namorado goiano na Irlanda; vídeo

A catarinense Júlia Freitas, de 19 anos, denuncia que foi espancada pelo namorado goiano, José…

A catarinense Júlia Freitas, de 19 anos, denuncia que foi espancada pelo namorado goiano, José Augusto, de 28, na Irlanda. Em depoimento nas redes sociais, a jovem contou que foi agredida pelo companheiro após uma crise de ciúmes. Ela, inclusive, teria sido atacada enquanto estava dormindo.

No vídeo, Júlia aparece com o rosto inchado e roxo, principalmente nas regiões do olhos. “Estávamos em casa, todo mundo de boa (sic). Eu fui dormir e chegou uma mensagem no meu celular e ele acabou vendo algumas mensagens antigas que já não vinham ao caso, do tempo que a gente não estava junto”, conta.

Júlia relata que não se lembra do que aconteceu quando ele viu a mensagem, mas conta que acordou com o goiano sentado sobre o seu tórax com os joelhos sobre seus braços com o intuito de imobilizá-la. “Como meu rosto ficou livre, ele desferiu vários golpes. Eu pedi para que ele parasse com aquilo, para que pensasse no filho dele”, afirma.

A vítima conta que também foi ameaçada de morte pelo rapaz. “Eu implorei para que ele não fizesse isso. Eu desmaiei duas vezes durante as agressões. Eu acredito que, se ninguém tivesse entrado no quarto, ele teria me matado”, relata.

Júlia conta que foi enforcada pelo namorado. Ela não recorda por quanto tempo durou as agressões. Assim que abriram a porta, ela conta que saiu correndo com o rosto todo ensanguentado. “Eu estava de vestido. Estava mais ou menos uns 2 graus, era de madrugada. Saí correndo e me escondi em um celeiro perto da casa dele”, desabafa.

Ela foi encaminhada para o hospital. Segundo ela, um coágulo se formou do lado esquerdo do seu rosto. Os olhos ficaram bastante machucados – correndo o risco de perder a visão de um deles. “Desde então, eu não tive mais contato com ele. Ele vai pagar pelo o que ele fez. Peço que não xinguem a família dele, que ficou surpresa assim como eu fiquei”, finaliza.

Júlia mora em Dublin, capital da Irlanda, mas estava passando o final de semana na casa dele, que fica em Navan, a cerca de 54 quilômetros.

Desabafo nas redes sociais

José Augusto, que é natural de Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia, também utilizou as redes sociais para se pronunciar. Em um dos posts, ele afirma que tentou tirar a própria vida depois do ocorrido e que se arrepende do que fez, no que ele descreveu como “cinco segundos de raiva.”

Além disso, ele alegou que está a disposição da Justiça “para pagar o erro que cometi.” O rapaz pontuou que “não tem perdão e nem justificativa” pelo o que fez. Em outro post, ele alega que “não é um mostro” e contou que está em um país vizinho e que não está foragido. Segundo ele, viajou para preservar a sua segurança.

Por fim, o goiano afirma que não sente ódio da vítima. “Na verdade, tenho ódio de mim porque nem eu sei como cheguei àquele estado. Só espero que ela supere tudo e consiga ter uma vida normal. Estou arrependido, mas arrependimento não é suficiente, eu preciso pagar. Só quero pagar e seguir…”, disse em publicação.

O Mais Goiás entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores. Por meio de nota, o ministério alegou que “presta toda a assistência legal e material possíveis aos brasileiros no exterior, respeitando os tratados internacionais vigentes e a legislação local, conforme estabelecido pela Convenção de Viena sobre Relações Consulares, o Regimento Interno da Secretaria de Estado das Relações Exteriores e o Manual de Serviço Consular e Jurídico do Itamaraty.”

A nota continua: “Nos termos do artigo 31 da Lei 12.527/2011 e do artigo 55 do Decreto 7.724/2012, informações pessoais que se referem à intimidade, vida privada, honra e imagem são protegidas por sigilo e não podem ser divulgadas sem “previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem”.

O portal também entrou em contato com a Embaixada do Brasil, em Dublin, mas não obtivemos respostas até a publicação da matéria.