Covid-19

Cenário epidemiológico melhora, mas terceira onda de Covid-19 é possível, em Aparecida

Indicadores atuais se assemelham aos de fevereiro, antes da segunda onda da infecção viral

Internação por Covid-19 de pessoas entre 18 e 35 anos cresce em Goiás
Segundo o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, a internação por Covid-19 atinge sobretudo os não vacinados (Foto: Wigor Vieira/SecomAparecida)

Números epidemiológicos da Covid-19 dos últimos dias de novos casos, óbitos e taxa de ocupação de UTIs se assemelha à condição do início do mês de fevereiro, período que antecede o aparecimento da segunda onda da infecção em Aparecida. Neste mês, a taxa de ocupação de leitos de UTIs públicos variou de 41% a 63%. A média móvel de novos casos diários está em 134,8 e de mortes diárias pela doença está em 3,4.

Apesar de aparente tranquilidade em relação aos números da pandemia e do município estar atualmente no cenário estável para a transmissão do vírus, representado pela cor verde, autoridades da Saúde Municipal notam relaxamento nos cuidados e prevenção da doença em Aparecida e alertam para a possibilidade de uma terceira onda de Covid-19.

“Percebemos um relaxamento natural por parte das pessoas, mas é preciso destacar que a pandemia não acabou e existe a possibilidade de uma terceira onda. Aparecida segue com a guarda levantada e analisando os diariamente os dados para que possamos manter a cidade entre as menores taxa de letalidade do país”, afirmou o secretário municipal de saúde, Alessandro Magalhães.

Acompanhe os novos casos e óbitos da doença no município:

Diminuição da testagem

O relaxamento da população também é indicado pela diminuição na procura de testes de Covid-19 gratuitos oferecidos pela prefeitura, uma das principais formas de combate e monitoramento da infecção no município. De acordo com a prefeitura de Aparecida, a busca por testes diminuiu em 50% no mês de maio.

“A testagem em massa é como um raio-x da pandemia. Com ela, obtemos dados valiosos sobre os casos positivos e dessa forma a equipe de Telemedicina monitora e acompanha quem está infectado com exames laboratoriais a cada 48 horas, tomografia computadorizada e oxímetros que são emprestados para os pacientes levarem para suas casas. Quem tiver sintomas, deve ser testado o quanto antes”, afirma Alessandro.

Antes da 2ª onda

No mês de fevereiro, até o dia 13, a taxa de ocupação de leitos de UTIs públicas no município variou de 57% a 68%. Apesar do índice de ocupação estar ligeiramente maior, a média móvel de novas detecções diárias da infecção estava menor do que a atual, em 102 novos casos diários. A média móvel de óbitos também estava menor e registrava 1,7 mortes por dia.

Os números começaram aumentar a partir da segunda quinzena de fevereiro e atingiram o ápice de 91% das vagas de UTIs públicas ocupadas, média móvel de óbitos em 3,7 mortes diárias e média móvel de novos casos da infecção viral quase dobrou, indo para 192 novas detecções por dia.

No mês de março, o município investiu na abertura de novos leitos de UTIs, mas o índice de ocupação se manteve acima de 80% durante quase todo período. O mês de março foi o período mais mortífero da pandemia em Aparecida, quando morreram 239 pessoas pela doença.

Acompanhe a taxa de ocupação dos leitos de UTIs no município: