ALGUMAS À FORÇA

Cerca de 40 mulheres estavam em clínica de Goiânia que internou paciente à força

Muitas disseram que foram internadas também de forma compulsória

Cerca de 40 mulheres estavam em clínica de Goiânia que internou paciente forçadamente
Cerca de 40 mulheres estavam em clínica de Goiânia que internou paciente forçadamente (Foto: PCGO)

Durante a operação da Polícia Civil de Goiás (PCGO) em uma clínica psiquiátrica, motivada pela internação de uma paciente à força pela própria mãe para que não comparecesse a uma audiência, em Goiânia, os agentes encontraram mais de 40 mulheres no local. Muitas disseram que foram internadas também de forma compulsória, ou seja, sem consentimento. O caso é de quinta-feira (15).

A informação sobre o número de pacientes foi divulgada pela TV Anhanguera e o Mais Goiás tenta mais detalhes com a Polícia Civil. Mas sobre a operação, a PCGO cumpriu seis mandados de prisão e dois de busca e apreensão por suspeita de sequestro, privação da liberdade e lesão corporal. Uma irmã da vítima também teria participado da iniciativa criminosa.

Além dos mandados judiciais, o estabelecimento também teve suas atividades econômicas suspensas por suspeita de associação criminosa. Ainda sobre esta vítima, ela teria ficado internada devido a uma disputa judicial por imóvel.

Caso

O caso de quinta-feira foi motivado pela internação de uma mulher à força pela própria mãe para que não comparecesse a uma audiência e assim comprometesse o andamento de um processo judicial de interesse familiar, em Goiânia, conforme a Polícia Civil. A situação ocorreu em maio e ela ficou 24 horas presa no local, até que foi resgatada por policiais e uma advogada, ambos acionados pelo marido dela, que registrou o desaparecimento e percebeu que o carro da cunhada estava próximo à casa deles no dia do sumiço.

Foram presos o dono da clínica, Leonardo Carneiro, e o irmão dele, Christiano Carneiro, a enfermeira e gerente do local, Rosane Oliveira, e a funcionária Andiara Costa. Os crimes são de associação criminosa, cárcere privado, sequestro e lesão corporal.

A corporação apurou, ainda, que Christiano cobrava R$ 500 para fazer essa “captura” dos pacientes. A irmã e a mãe da vítima vão responder por sequestro e furto, pois levaram um computador da casa da vítima. Elas também foram presas, mas não tiveram as identidades reveladas.

A clínica informou por nota à TV Anhanguera que o local está em condições legais para continuar atendendo. O Mais Goiás mantém o espaço aberto para todos que tenham o interesse de se manifestar.

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