TEMPO INDETERMINADO

Greve na UEG começa com protesto de 400 pessoas na Praça Cívica

Manifestantes exibiam cartazes com palavras de ordem, como "sem professores não têm futuro" e "a luta é para sobrevivermos. A luta é pela existência"

Adueg diz que não foi notificada sobre fim da greve e que fará audiência pública na Assembleia (Foto: Reprodução - Adueg)

Cerca de 400 professores e alunos da Universidade Estadual de Goiás (UEG) participaram de ato, na Praça Cívica, em Goiânia, que deu início a uma greve por tempo indeterminado, nesta sexta-feira (1º), conforme a organização. O movimento foi convocado pela Associação dos Docentes da UEG (Adueg) e aprovado em assembleia, em 22 de fevereiro. A decisão ocorre por falta de resposta do governo de Goiás. A Adueg reforça que ainda não houve posição.

Nesta sexta, o ato começou às 10h, na Praça Cívica. Os manifestantes levaram cartazes com palavras de ordem, como “sem professores não têm futuro” e “a luta é para sobrevivermos. A luta é pela existência” e exibiam aos motoristas que paravam, quando os semáforos fechavam.

Por volta das 11h15, professores e alunos deixaram o local e caminharam pelas ruas da capital, nas imediações.

Sobre a greve

No dia 19, os professores chegaram a iniciar o semestre letivo. Em 21 de fevereiro, contudo, ocorreu uma paralisação. Na ocasião, quatro campus e 17 unidades pararam – entre eles, os campus de Anápolis, São Luís de Montes Belos e Morrinhos, além das unidades de Inhumas, Iporá, Itumbiara e mais. Até esta sexta, as aulas seguem normalmente. A UEG possui cerca de 12 mil estudantes matriculados.

Como mencionado, a greve ocorre por falta de retorno do governo de Goiás sobre as demandas da categoria. Em 16 de fevereiro, quando foi aprovado o indicativo de greve, a Adueg encaminhou ofício aos responsáveis, mas não teve resposta.

Entre as reivindicações, está o acesso à proposta de Plano de Carreiras dos Docentes da UEG, que tramita na Secretaria de Estado de Administração. A associação pede para integrar o Grupo de Trabalho que está reformulando a carreira. Já a segunda é que o Governo encaminhe ao Legislativo projeto de lei para alteração da Lei do Plano de Carreira dos Docentes da UEG com a extinção do quadro de vagas, a fim de viabilizar as promoções dos docentes (entre classes).

À época da assembleia, Mais Goiás procurou a UEG, que manteve a posição:

“A propósito das informações solicitadas pelo Mais Goiás, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) informa que a proposta do novo plano de carreira para os docentes da UEG, que sanará também a questão das promoções dos professores que concluíram suas respectivas titulações, foi elaborada por comissão formada pelo Conselho Superior Universitário da UEG (CsU) e aprovada, posteriormente, pelos membros do Conselho. A proposta está incluída na análise das carreiras que está sendo promovida pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Administração.”