TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

CNJ apura suposta troca de favores na Justiça Goiana

Esquema de tráfico de influência acontecia predominantemente no TJGO, mas há indícios de que tenha ocorrido no TJDF e TJMG

TJGO define que servidores da extinta Aganp não têm direito à progressão direta acatou o pedido da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-GO)
(Foto: Divulgação/TJGO)

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) investiga uma suposta troca de favores no Judiciário Goiano. Nesta semana, o órgão instaurou ‘Pedido de Providência’, que tramita em segredo de justiça. Esquema de tráfico de influência na Justiça de Goiás foi denunciado pelo Portal Metrópoles, após conversas obtidas pelo veículo durante a quebra de sigilo telefônico dos celulares dos advogados Marcus Aprígio e Frank Carvalhães, que foram mortos dentro de um escritório em Goiânia, no ano de 2020.

Nas mensagens, advogados, juízes e desembargadores aparecem ou são citados solicitando ajuda a Marcus Chaves. Os pedidos vão desde a resolução de processos, solicitação de cargos, até a promoção de carreiras.

À época em que Marcus era procurado pelos profissionais, o pai dele, Leobino Chaves, era presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Conforme as mensagens obtidas pelo Metrópoles, a medida em que atendida os pedidos, o advogado era beneficiado nos processos de clientes, além de assumir causas milionárias.

O suposto tráfico de influência acontecia predominantemente no TJGO, mas há a suspeita de que membros do TJDF e TJMG também estejam envolvidos no esquema.

Os dados que revelaram indícios do esquema foram extraídos pela Polícia Civil durante a investigação que investigou o assassinato de Marcus e Frank, em 2020.

O Mais Goiás entrou em contato com o TJGO em busca de um posicionamento, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.