Com 89% de UTIs ocupadas, Goiás enfrenta pior fase da 2ª onda da covid

Goiás enfrenta o que parece ser a pior fase da segunda onda de covid-19 até agora. Além da alta taxa de ocupação dos leitos de UTI sob gestão do Estado (89%) nesta terça, há ainda o problema da fila de pessoas infectadas pelo coronavírus que aguardam por um leito. Na segunda-feira (15), o número de indivíduos que aguardavam internação em UTI de Goiás ficou próximo de 140.

Conforme dados do painel da Secretaria de Saúde de Goiás (SES), há atualmente 627 leitos de UTI sob gestão do Estado. Desses, segundo atualização nesta tarde, 317 são exclusivos para pacientes com covid-19. No entanto. dos 317, 275 estão ocupados, oito bloqueados e somente 34 disponíveis, representando uma taxa de ocupação de 89,27%. Quanto ao cenário geral de UTIs (públicas e particulares), esse percentual chega a 89,63%.

Na manhã da última segunda-feira (15), o número de pessoas aguardando por um leito de UTI em Goiás era de 137. Caiu para 60 à tarde. Vale destacar que o pico de espera da primeira onda, em 2020, foi de 198 pessoas.

O número de casos novos de covid-19 também preocupa. Segundo atualização feita às 14h31 de hoje, havia 373.980 casos confirmados da doença em Goiás, com incidência de 53.286 para cada um milhão de habitantes. O número de óbitos também não fica atrás. Há, até agora, 8.043 mortos por covid-19 em Goiás. A taxa de mortalidade é de 1.146 por um milhão de habitantes.

HCamp lotado

O Hospital de Campanha de Goiânia (HCamp), referência para o tratamento de covid-19 no estado, atingiu 100% de ocupação de leitos de UTI voltados para o tratamento de casos de coronavírus na tarde de segunda-feira (15).

Para tentar desafogar o sistema de Saúde, o governo de Goiás ativou 35 novos leitos de UTI para tratamento de pacientes com covid-19, quantidade que reduziu a lotação de 97% para 89%, de acordo com o governador Ronaldo Caiado. Luziânia recebeu 10 unidades, Rio Verde, mais 15. Outras cinco foram abertas em mineiros, mesma quantidade acrescida em Senador Canedo.

O Mais Goiás entrou em contato com a SES, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.