EDUCAÇÃO

Aulas presenciais em Goiás: variantes da Covid preocupam professores da rede pública

O avanço das variantes da Covid-19 (Delta e Gamma-Plus) preocupa o Sindicato dos Trabalhadores em…

Pedido de vista pode atrasar aumento de professores estaduais em Goiás
Pedido de vista pode atrasar aumento de professores estaduais em Goiás (Foto: Governo de Goiás)

O avanço das variantes da Covid-19 (Delta e Gamma-Plus) preocupa o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), que representa os professores.

Estamos extremamente preocupados com esse retorno presencial e já temos uma série de problemas [em relação as medidas sanitárias]. Por isso criamos uma central de denúncias”, diz Bia De Lima, presidente do Sintego.

Bia afirma que ainda não dá para mensurar a quantidade de denúncias já recebidas na central, porque o serviço ainda está em etapa inicial.

Rede pública retoma aulas em sistema de revezamento

Em sistema de revezamento de alunos, as escolas estaduais estão desde o último dia 2 de agosto com aulas presenciais e não presenciais, de forma complementar atendendo, prioritariamente, os estudantes sem acesso à internet, com dificuldades de aprendizagem e em vulnerabilidade social.

Avanço de variantes da Covid-19 preocupa 

O governo de Goiás investiga o grau de periculosidade da mutação da variante Gamma da Covid-19, a Gamma-Plus. É esperado um posicionamento do Ministério da Saúde para saber se “ela pode ser considerada uma variante de alto risco”.

Conforme noticiado por um jornal local, pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) já teriam detectado a presença da Gamma-Plus em amostras de diversas cidades de Goiás. Já quanto a variante Delta tem 26 contaminados no estado. Os novos pacientes com a cepa (inicialmente encontrada na Índia) foram diagnosticados no último dia 16 de agosto.

Professores cobram vacinação completa para mais segurança no retorno

Na última terça-feira (17), Goiás anunciou que 415 servidores da Educação (1% do total) tinham se recusado a tomar a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), os trabalhadores que se recusarem a tomar a vacina terão que realizar testagem do vírus a cada 15 dias.

O Sintego diz que repudia o ato dos professores em recusar a vacina e que a maioria da categoria  pede a antecipação para imunização completa e maior segurança no retorno as salas de aula.

“Entendemos que é mais grave que esses 415 profissionais que não tomaram a primeira dose é retornar as atividades presenciais sem oferecer ou antecipar a segunda dose para a imunização completa dos professores e administrativos”, afirma Bia de Lima.

Expectativa: imunização de professores completa na segunda quinzena de setembro

“Eu entendo que o correto seria ter aguardado as atividades de forma remota até a plena imunização de todos os profissionais da educação, que só vai acontecer na segunda quinzena de setembro”, argumenta Bia.

O Estado espera que, até 30 de agosto, 59% dos servidores já tenham recebido a segunda dose, e que no fim de setembro estejam completamente imunizados. Até agora, 20% da classe foi imunizada.

Vale ressaltar que, em janeiro de 2021, 8% das escolas públicas retomaram as aulas presenciais em Goiás. Em fevereiro, esse percentual subiu para 15%. Com a piora na situação epidemiológica, os encontros presenciais foram novamente suspensos.

As escolas privadas, por sua vez, permanecem com as atividades presenciais, mas com redução do número de alunos e obedecendo aos protocolos sanitários.