Recado dado

Comando Vermelho decapitou carpinteiro para dar recado ao irmão, diz Polícia Civil

A Polícia Civil de Goiás apresentou, na tarde desta terça-feira (5), cinco traficantes, ligados ao…

A Polícia Civil de Goiás apresentou, na tarde desta terça-feira (5), cinco traficantes, ligados ao Comando Vermelho. Eles são suspeitos de participarem do assassinato, seguido de decapitação, do carpinteiro Erivaldo Ferreira da Rocha. O crime ocorreu na madrugada do último dia 13 de janeiro, em Goiânia. Erivaldo foi assassinado com dois tiros.

“Todos são pequenos traficantes ligados ao Comando Vermelho. Eles atraíram o Erivaldo com a promessa de que tinham um lote para ele capinar, e quando ele chegou lá, sem saber de nada, já foi recebido com dois tiros”, afirmou a delegada Silvana Nunes, titular da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH).

A cabeça do carpinteiro foi separada do corpo com um serrote e depois abandonada dentro de um saco plástico, em frente a um shopping, na Avenida Perimetral Norte. Quatro dias depois, o corpo dele foi localizado no Rio Meia Ponte.

O crime, segundo a delegada, foi cometido dentro da casa de Edson Dener, no Setor Urias Magalhães. Os outros envolvidos no caso são Mateus Máximo, o irmão dele, Maurício Máximo, Luciano Fonseca, e um outro suspeito que morreu no final do mês passado, conhecido somente como “Pombo”.

Edson tem um irmão preso na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, que comandaria a ala da facção no presídio. Ainda segundo as investigações, Luciano e Mateus levaram a cabeça da vítima até a Avenida Perimetral em uma moto e a deixaram em frente ao shopping.

A delegada ainda destacou a dificuldade de chegar aos autores, já que a vítima não tinha histórico criminal. “Eles decidiram matar o irmão de Erivaldo, que é do Comando Vermelho, porque ele estaria vendendo drogas na região deles. Como tentaram, não conseguiram, e ele fugiu, eles então atraíram o Erivaldo”, concluiu a titular da DIH. O irmão teria sobrevivido ao ataque e fugido para a Bahia.

“A crueldade e a covardia das facções criminosas não têm limites. Tanto que eles mataram uma pessoa que nunca teve qualquer envolvimento com o crime, só para mandar um recado para o irmão dele”. Com estas palavras, o Diretor-Geral da Polícia Civil de Goiás, Odair José Soares começou a entrevista coletiva desta tarde.

Presente à apresentação dos presos, o Secretário de Segurança Publica de Goiás, Rodeny Miranda elogiou o trabalho dos policiais, e garantiu que um outro caso de assassinato seguido de decapitação registrado este ano em Hidrolândia já está bem perto de ser esclarecido.