FORMAÇÃO

Companhia Circense de Goiânia recebe artistas do Brasil e do Chile para formação

Formação oferecia pela companhia recebeu inscrições do Brasil, Venezuela, Chile, Colômbia, Argentina e Itália

Companhia Circense Catavento dará formação gratuita (Foto divulgação)
Companhia Circense Catavento dará formação gratuita (Foto divulgação)

A Catavento, Companhia Circense de Goiânia, receberá dez alunos bolsistas para a 4ª edição do projeto Núcleo de Formação Ampliada para o Artista de Circo, uma formação com duração de dez meses, totalmente gratuita. Entre os aprendizes contemplados, dois são do Chile e os outros são de São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Ibiporã (PR), Poços de Caldas (MG), Toledo (PR), Joinville (SC), Campinas (SP), e mais dois do Chile.

A edição do projeto recebeu 45 inscrições de diversos países, como Brasil, Venezuela, Chile, Colômbia, Argentina e Itália. Com 1.330 horas de formação, o curso será ministrado de segunda a sexta-feira, a partir do dia 20 de janeiro. Ao todo, serão 17 disciplinas nas áreas de circo, artes da cena e teoria, ministradas por 18 professores especializados. Além da formação, os estudantes também terão residências para palhaçaria, dança, improvisação, música, mímica, teatro, entre outras áreas.

Felipe Nicknig, diretor da Cia Catavento, conta que os alunos que fizeram parte das três edições anteriores do projeto foram selecionados em grandes escolas nacionais e internacionais ou aprovados em projetos culturais de editais. “Essas trajetórias de quem passa pelo Núcleo expressam como este projeto tem sido um grande propulsor de carreiras artísticas dentro do circo”, comenta.

Destaque para o Brasil

Experiente na área, Felipe Nicknig começou a atuar em 2004 e atualmente, além de diretor da companhia circense de Goiânia, é artista e professor especializado em acrobacias aéreas. Na opinião dele, apesar de existir um curso técnico no Rio de Janeiro e outros projetos formativos no Brasil, ainda é pouco para atender todo o país.

A formação apresenta-se como destaque para o Brasil. “O NUFAAC foi um projeto criado para oferecer mais possibilidades de formação/profissionalização. Ele é um curso com bolsa mensal de R$ 750,00, além de um recurso de R$ 2.000 para investimento em figurino e cenografia nas pesquisas individuais. Esse é um curso muito robusto que oferece uma carga horária de aulas alta (disciplinas de Artes do Circo, Artes da Cena e teóricas), um repertório grande de laboratórios corporais voltados para a criação através das residências, além da mostra final, um espaço destinado para os alunos apresentarem um espetáculo coletivo e os números de formatura produzidos através da pesquisa individual. Essa é a importância do NUFAAC! Oferecer um espaço dedicado as artes do circo com uma formação técnica e artística com bastante rigor, diferentes experiências profissionais durante o curso, tudo isso com bolsa de estudo para que os alunos possam se dedicar ao projeto e sua formação”, revela.

O diretor conta que os alunos se formam dentro de uma programação cultural oferecida, o que é muito importante para a cidade. Ele opina que “os alunos saem prontos para trabalhar em um circo”, o que é um grande feito.

Premiação e trabalho

A companhia circense de Goiânia já realizou mais de 40 workshops de aéreos dinâmicos por todo o país. Desde 2013, a Catavento apresenta espetáculos de final de ano com alunos de suas formações. A companhia também teve destaque na 1º Mostra Fora do Eixo em 2018, sendo premiada com o Troféu Buriti no mesmo ano e um Troféu Jaburu em 2019.

Em 2021, a Catavento estreou um curta-metragem inspirado na vida de Cora Coralina. Em seguida, circulou pelo Brasil com o espetáculo “Hi.a.to”.