COMUNICADO

Condomínio investiga se ato de racismo contra entregador foi praticado por morador

O Residencial Aldeia do Vale comunicou, nesta terça-feira (27), que iniciou investigação para apurar se…

O Residencial Aldeia do Vale comunicou, nesta terça-feira (27), que iniciou investigação para apurar se o ato de racismo contra entregador de uma hamburgueria, que aconteceu no último domingo (25), foi praticado por um morador do condomínio, localizado em Goiânia.

A Sociedade dos Amigos da Aldeia do Vale (Saalva), empresa responsável pela administração do local, diz que está averiguando a procedência da denúncia feita pela hamburgueria e se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

A Saalva disse ainda que já entrou em contato com o estabelecimento que fez a denúncia, a fim de solicitar os dados do cliente que fez o pedido, já que não consta nos registros do local “nenhuma reação discriminatória por parte de morador no momento em que a equipe de vigilância solicitou a autorização para entrada de entregadores”.

“Como se sabe, esse é um procedimento obrigatório para se adentrar ao condomínio e todas as ligações realizadas pela portaria aos moradores são gravadas. O residencial também solicitará ao aplicativo de entrega de comida que informe a localização exata do cliente que fez o pedido, pois seu sistema permite que o solicitante esteja em endereços diferente da entrega do pedido”, diz o comunicado.

A empresa afirma que repudia atos de discriminação e racismo; que, ao longo de 22 anos, jamais aconteceu  situação semelhante na empresa; e que se for comprovada a veracidade no fato, o caso será conduzido com rigor da lei adequada.

O crime

O entregador de uma hamburgueria localizada no Setor Goiânia 2, foi vítima de racismo no último domingo (25). Elson Oliveira Santos, de 39 anos foi fazer uma entrega em um condomínio de luxo da capital quando foi surpreendido pelo cliente, que se recusou a ser atendida por ele.

A pessoa que fez o pedido chegou a enviar mensagens para a hamburgueria. “Esse preto não vai entrar no meu condomínio”, “Mandar outro motoboy que seja branco“, “Eu não vou permitir esse macaco“.

Os prints foram publicados no Twitter pela gerente do local.

*Laylla Alves é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira

Entregador é vítima de racismo em Goiânia: “Esse preto não vai entrar no meu prédio”