Corpo de jovem desaparecido no Rio Claro é encontrado após dois dias de buscas em Jataí

O corpo de Rafael Campos Santana, de 22 anos, foi encontrado na manhã desta quarta-feira (10) por familiares, após dois dias de buscas no Rio Claro, em Jataí, na região Sudoeste de Goiás. Ele estava preso em galhadas, a poucos metros do ponto onde desapareceu na última segunda-feira (8). Família do rapaz afirmou que colega de trabalho que o acompanhava passou informações contraditórias sobre o ocorrido e suspeitam que a morte não foi acidental.

As equipes do Corpo de Bombeiros haviam retomado os trabalhos pouco antes das 7h, realizando uma nova varredura no rio. Os familiares, que acompanhavam a operação desde o início, auxiliaram na procura pela margem e acabaram localizando o jovem em uma área próxima aos caiaques. O corpo foi entregue ao Instituto Médico Legal (IML), onde serão realizados exames para identificar a causa da morte.

Rafael trabalhava como servente em uma chácara da região. Segundo informações repassadas para família por um colega de trabalho do jovem, no intervalo do almoço, os dois decidiram entrar no rio para se refrescar. Durante o banho, Rafael começou a se afogar e não foi mais visto. O colega acionou o Corpo de Bombeiros e, desde então, mergulhadores percorreram o leito do rio e militares fizeram buscas por terra.

De acordo com o aspirante Wellerson Batista dos Santos, mergulhador dos bombeiros que auxiliou nas buscas, a testemunha que acompanhava Rafael apresentava sinais de embriaguez e, no momento do afogamento, indicou um local cerca de um quilômetro distante da área onde o corpo foi encontrado. Além disso, o rio estava com o nível mais alto por causa da chuva e com a água turva, o que prejudicou a visibilidade.

A família, no entanto, não acredita que a morte tenha sido apenas um acidente. A tia do jovem, Geniuzia Campos, afirmou que Rafael vinha “andando com pessoas erradas” e que já havia sido alertado pelos parentes. Ela também disse que o colega que estava com ele teria passado informações contraditórias sobre o ocorrido, o que aumentou as suspeitas. “O amigo dele estava falando coisas que não estavam batendo. Ele dizia que o Rafael não bebia no serviço, mas eu falei que ele bebia todos os dias”, disse a tia.

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O jovem é descrito pela família como uma pessoa divertida e que gostava de conversar. “O Rafael era uma pessoa muito alegre, sorridente. Aonde ele passava, ele deixava alegria. Nós estamos sentindo muita falta dele”, afirmou Geniuzia.

A Polícia Civil aguarda os resultados dos laudos cadavéricos para confirmar a causa da morte e definir se será registrada como acidental ou homicídio.