ESTUPRO DE VULNERÁVEL

Criança abusada sexualmente por idoso o chamava de ‘vovô’, diz delegada

A criança de quatro anos abusada sexualmente por um idoso, 80, no Setor Sul, em…

A criança de quatro anos abusada sexualmente por um idoso, 80, no Setor Sul, em Goiânia, o chamava de vovô. Crime ocorreu nesta segunda (30). (Foto: Divulgação/PC)
A criança de quatro anos abusada sexualmente por um idoso, 80, no Setor Sul, em Goiânia, o chamava de vovô. Crime ocorreu nesta segunda (30). (Foto: Divulgação/PC)

A criança de quatro anos abusada sexualmente por um idoso, 80, no Setor Sul, em Goiânia, o chamava de vovô. Crime ocorreu na tarde desta segunda-feira (30) na casa do suspeito, que foi preso e confessou ter passado a mão nas partes íntimas da vítima. Segundo relata a delegada Ana Elisa, responsável por investigar o caso, a menina e o suspeito tinham bastante proximidade já que moram no mesmo lote.

O crime foi descoberto pela enteada do idoso que o flagrou no momento em que cometia o abuso. Ao ver o suspeito com a mão nas partes íntimas da garota, a testemunha gritou e questionou o homem. Inicialmente ele negou o crime e disse que estava coçando a barriga da criança.

A mulher, então, contou o ocorrido para os pais da menina, que procuraram a Delegacia de Proteção da Criança e do Adolescente (DPCA) da capital. Após o relato, policiais civis estiveram na casa do suspeito e o conduziram até a delegacia. Lá, o homem confessou o crime e disse que o fato ocorreu em um momento de fraqueza e que estava arrependido.

Após a confissão e relato da testemunha, o idoso foi preso e autuado em flagrante por estupro de vulnerável. De acordo com delegada Ana Elisa, ele e a vítima possuem bastante proximidade e moram em residências separadas, mas no mesmo lote.

“Lá é um lote que tem cinco casas, todas próximas. Não tem muro entre elas. Então o relacionamento era de proximidade e de confiança. Inclusive a criança o chamava de vovô”, ressaltou.

Alerta

Ana Elisa afirmou que o período de pandemia e quarentena é de alerta para os cuidados com crianças e adolescentes. Conforme explica ela, com a suspensão das aulas, este grupo tem ficado mais exposto à presença de abusadores que, “quase sempre são pessoas próximas”.

Segundo a delegada, até o momento a corporação não percebeu aumento nos registros de abusos. “Isso ocorre muitas vezes porque os crimes não são denunciados. Geralmente é alguém da família, amigo ou vizinho e a situação é colocada para debaixo do tapete”, disse.

Para ela, o momento exige cuidados redobrados com crianças e adolescentes. “O grupo fica mais vulnerável nesse período porque é onde se tem contato mais frequente com abusadores. É preciso ter bastante cuidado, saber onde o filho está, com quem está brincando e o que está fazendo. Essa precaução pode evitar situações de abuso e violência”.