Caso Glauco

Defensor de viúva critica soltura de assassino de Glauco

// // O advogado Alexandre Khuri Miguel, que defende os interesses de Beatriz Galvão –…

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O advogado Alexandre Khuri Miguel, que defende os interesses de Beatriz Galvão – mulher de Glauco Vilas Boas e mãe de Raoni – fez críticas à Justiça pela soltura de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, e se referiu ao novo episódio como “uma tragédia anunciada”.

O advogado responsabilizou a família de Cadu pelo crime, uma vez que foram, segundo ele, os familiares que buscaram garantir na Justiça a avaliação de que Cadu não oferecia riscos à sociedade. “A responsabilidade é da família dele (Cadu), que assumiu a responsabilidade pelo rapaz, e de quem o mandou soltar”, referindo-se à juíza Telma Aparecida Alves, da 4ª Vara de Execuções Penais.

“Dissemos, na época, que assinar essa soltura era como assinar um atestado de óbito. Vão entender agora que ele não é um louco. É um assassino frio e cruel. Quem o soltou deveria responder por dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de cometer determinado ato. Soltá-lo foi um crime”, disse o defensor.

O defensor chegou a cogitar pedir proteção policial de Beatriz à Justiça em agosto do ano passado, quando a soltura de Cadu foi divulgada. A mulher de Glauco continua morando na mesma casa, em um condomínio de Osasco, na Grande São Paulo, em que ocorreu o duplo homicídio cometido por Cadu. Segundo o advogado, ela não vai comentar o novo caso. O local é o endereço de uma comunidade voltada às celebrações religiosas do Santo Daime.

“Ela nunca ficou sozinha. A casa fica em uma comunidade, onde há mais pessoas com ela o tempo todo”, afirma Miguel.

SEGURANÇA

Já o próprio defensor, que atuou para tentar garantir a permanência de Cadu no presídio de Goiânia, disse ter adotado medidas para evitar uma aproximação do rapaz, classificado como esquizofrênico. “Já cheguei até a mostrar a foto dele para os seguranças que trabalham comigo, porque tudo poderia se esperar desse rapaz”, afirmou Miguel.

CRIME EM GOIÂNIA

Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 29 anos,  foi preso nesta segunda-feira (1º/09), em Goiânia. O rapaz estava com um outro homem e tentava fugir de uma abordagem policial feita por um delegado que suspeitou do carro, um Honda Civic, roubado.

Os dois são suspeitos de cometerem um latrocínio, que é roubo seguido de morte, e ainda uma tentativa de latrocínio em Goiânia ocorridos no final de semana.