Imprudente

Delegado diz que PM que matou amigo e depois suicidou foi imprudente

O soldado da Polícia Militar de Goiás Flávio Farias de Oliveira, de 30 anos, que…

O soldado da Polícia Militar de Goiás Flávio Farias de Oliveira, de 30 anos, que na tarde da última quarta-feira (24) matou de forma acidental seu amigo Matheus Oliveira Castro, de 20 anos, e em seguida cometeu suicídio, no Setor Itatiaia, em Goiânia, já havia se envolvido em outras duas confusões com arma de fogo este ano em Goiânia. A informação foi repassada à imprensa pelo delegado Marco Antônio Euzébio, adjunto da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), que classificou as duas mortes como consequência da imprudência no manuseio da pistola por parte do militar.

Em agosto passado, segundo o delegado, Flávio Farias, que ainda era aluno soldado, discutiu com funcionários de uma boate no Setor Sul após tentar entrar armado no estabelecimento. Essa ocorrência, no entanto, foi resolvida apenas com a chegada de uma viatura da PM, sem o registro de ocorrência.

Dois meses antes, em junho, ainda de acordo com a apuração feita pela Polícia Civil, Flávio teria se envolvido em uma confusão em um posto de combustíveis, ocasião em que efetuou alguns disparos com um revólver. “Na ocorrência da PM tem a informação de que uma garota teria sido baleada na perna, mas não há qualquer relato sobre isso na Central de Flagrantes, inclusive, mesmo conduzido, o Flávio sequer foi ouvido ou autuado, há somente o registro de um disparo de arma de fogo sem vítima”, relatou o adjunto da DIH.

Já o triste episódio ocorrido anteontem, completou Marco Antônio Euzébio, foi fruto de uma seqüência de erros. “A ingestão de bebidas alcoólicas, junto com a imprudência, e o manuseio equivocado de uma arma de fogo, provocaram aquela tragédia”, concluiu.

Até agora, três testemunhas já foram ouvidas, e confirmaram que os amigos conversavam quando ocorreu o disparo acidental. O delegado disse que ainda tem 28 dias para concluir o inquérito, mas acredita que irá remetê-lo ao Judiciário antes desse período.