Investigação

Justiça mantém prisão de delegado suspeito de desviar dinheiro da educação em Rio Verde

Cerca de 40 contratos sem licitação teriam sido fraudados para beneficiar a empresa do casal

Imagem do delegado
Esquema investigado envolve mais de R$ 2,2 milhões em Rio Verde (Foto: reprodução)

A Justiça de Goiás manteve a prisão do delegado da Polícia Civil, Dannilo Ribeiro Proto. Ele foi detido na quinta-feira (21) durante uma operação do Ministério Público de Goiás (MPGO) e do Gaeco Sul, suspeito de liderar um esquema de fraude em licitações que teria desviado mais de R$ 2,2 milhões de recursos destinados a escolas em Rio Verde.

Segundo o MP-GO, Proto e a esposa esposa, Karen de Souza Santos Proto, ex-coordenadora Regional de Educação de Rio Verde, são sócios do Instituto Delta Proto (IDP), que teria sido favorecido em contratos de reforma de escolas, impressão de material didático e até na realização de concurso público da Câmara de Rio Verde. Desde 2020, pelo menos 40 contratos sem licitação teriam sido fraudados para beneficiar a empresa envolvida no caso.

Na audiência de custódia, a defesa do delegado pediu que a prisão fosse substituída por medidas alternativas, alegando que ele não representaria risco à sociedade. O juiz, no entanto, manteve a prisão, destacando a gravidade dos crimes e o envolvimento de servidores públicos.

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Imagem da operação
Contas bancárias bloqueadas e bens apreendidos visam recuperar parte do dinheiro desviado (Divulgação/MPGO)

A operação cumpriu ainda 17 mandados de busca e apreensão em Rio Verde e Goiânia, bloqueou contas e apreendeu bens dos investigados para tentar ressarcir os cofres públicos.

Em nota, a Polícia Civil informou que continua colaborando com as investigações e que a Corregedoria acompanha possíveis irregularidades de servidores envolvidos. O caso ainda está sendo apurado, e novas diligências podem ocorrer conforme a investigação avança.

O Mais Goiás entrou em contato com a defesa dos suspeitos e aguarda retorno.

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