PANDEMIA

Demanda por ônibus cai, mas oferta segue 100% nos horários de pico

A demanda do transporte coletivo caiu 78,69%, na comparação entre os dias 9 e 23…

Após paralisar atividades, Viação Reunidas retorna essa semana
Após paralisar atividades, Viação Reunidas retorna essa semana

A demanda do transporte coletivo caiu 78,69%, na comparação entre os dias 9 e 23 de março, na região metropolitana de Goiânia, de acordo com dados da RedeMob Consórcio. Segundo o levantamento, a demanda em dia útil, na atual conjuntura da quarentena para prevenção à Covid-19, é menor que a de um sábado normal.

Os dados apontam que houve queda de 25% na demanda ainda na segunda-feira (16), quando o decreto do governador Ronaldo Caiado (DEM) restringiu aglomerações no estado de Goiás, . Na terça-feira (17), a queda foi de 44%; na quinta, mais 44%; e, na sexta-feira (20), o índice atingiu 64,45%.

A Companhia Metropolitana de Transporte Coletivos (CMTC), por outro lado, retomou as operações com 100% da frota, após recomendação do Ministério Público do Estado de Goiás. Principalmente para atender a demanda em horários de pico e entrepico.

A CMTC, por meio de nota, informou que  a Polícia Militar e a Guarda Metropolitana estão nos terminais para contribuir com embarque de passageiros e evitar a lotação acima do permitido. Segundo a determinação do governo, veículos devem circular com a lotação máxima de passageiros sentados. Ninguém deve ser transportado de pé.

O decreto 9638 autorizou que qualquer pessoa que necessite de se deslocar pode usar o transporte público durante período de restrição por conta da epidemia de Covid-19. No entanto, a Companhia solicita que trabalhadores diretamente ligadas às atividades de saúde, alimentação, indústria farmacêutica e supermercados possam fazer uso do serviço de forma prioritária. 

A nota da companhia esclarece dúvidas da população. Nesta segunda-feira (23), foi cogitada pelo presidente da CMTC, Benjamin Kennedy, a elaboração de uma portaria regulamentando o transporte coletivo, mas com o uso restrito para trabalhadores das atividades consideradas essenciais durante a pandemia.

“Nessa reunião ficou definido que o transporte coletivo não vai parar até para cumprir o decreto do governador e a decisão liminar da justiça. Vamos fazer uma portaria regulamentando a utilização do transporte coletivo, porque o decreto 9638 dá a possibilidade para que a CMTC e a AGR faça uma portaria regulamentando o transporte coletivo, para que usem o transporte somente os trabalhadores das atividades econômicas liberadas pelo governo estadual”, explicou Benjamin Kennedy ainda na segunda-feira.

Embora tenha havido queda na demanda, conforme aponta relatório da RedeMob, houve registros de superlotação nos ônibus e terminais que atendem a região metropolitana.