Denúncia que fez polícia descobrir caso de tortura com menina de 4 anos foi feita por professora
Professora identificou sinais de queimaduras e levou a situação para a direção que acionou Conselho Tutelar. Mãe e padrasto seguem presos
A denúncia feita por uma professora foi decisiva para a descoberta da tortura sofrida por uma menina de 4 anos em Mara Rosa, na região Norte de Goiás. A educadora foi quem percebeu queimaduras de segundo grau provocadas com um isqueiro no corpo da criança e comunicou à coordenação da unidade de ensino, que acionou o Conselho Tutelar e procurou a delegacia. Mãe e padrasto da menina seguem presos preventivamente desde segunda-feira (15).
De acordo com o delegado Peterson Amin, responsável pela investigação, os sinais de agressão foram percebidos pela professora do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Menino Jesus. A partir da denúncia, a Polícia Civil iniciou as investigações que duraram cerca de 15 dias. Foram realizados exames de corpo de delito e registros fotográficos que confirmaram as agressões.
Conforme apurado, a criança era vítima das queimaduras com o isqueiro há pelo menos dois meses.
O padrasto de 28 anos, que não teve a identificação divulgada, é apontado como o principal responsável pelas agressões. Já a mãe, de 23 anos, foi autuada por omissão de socorro, já que tinha conhecimento da violência praticada e não tomou providências para proteger a filha.
Diante da gravidade do caso e da condição de vulnerabilidade da criança, o delegado solicitou a prisão preventiva dos dois suspeitos, pedido aceito pelo Poder Judiciário. Os mandados foram cumpridos com apoio da Polícia Militar, e o casal foi encaminhado ao presídio de Uruaçu, onde segue à disposição da Justiça.
Peterson Amin reforçou que não há registros de agressões anteriores ou contra outras crianças, mas as investigações seguem em andamento.
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