Diretor da Assego é investigado por assédio sexual contra funcionárias
Vítima teve que pedir demissão para fugir de investidas. Outras funcionárias também relataram sofrer assédio sexual por parte do diretor

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar denúncias de assédio e importunação sexual que teriam ocorrido dentro da Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Goiás (Assego). Segundo os relatos, o autor é um bombeiro militar que ocupa cargo na diretoria da entidade, enquanto as vítimas são funcionárias da instituição.
Uma das vítimas é esposa de um sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope). A mulher pediu demissão após relatar ao marido que vinha sendo alvo de comentários de teor sexual e toques indesejados por parte do diretor. O sargento confrontou o suspeito nas dependências da Assego e os dois tiveram uma discussão. Depois, o casal registrou um boletim de ocorrência tanto na Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (DEAM) e na Corregedoria do Corpo de Bombeiros.
Além dela, outras funcionárias e ex-funcionárias também relataram terem sido alvo de investidas e em um dos casos, o homem chegou a colocar as mãos nas pernas da colaborada. Ainda de acordo com a investigação, apesar dos relatos, apenas uma denúncia foi formalizada já que a maioria das vítimas se sentem intimidadas e com medo de perder os empregos caso decidam registrar a ocorrência contra o diretor.
Em nota, a Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Goiás afirmou que convocou uma reunião extraordinária e já formalizou o afastamento do diretor acusado por decisão unânime. Disse ainda que instaurou um processo administrativo disciplinar para apurar internamente os acontecimentos e que oferece suporte psicológico e social à esposa de um sargento do Bope.
O inquérito policial segue em andamento.